O senador Romário (PL-RJ) tem evitado manifestar apoio ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de se manter distante de outras pautas importantes para a base bolsonarista no Congresso. Essa postura tem causado desconforto entre seus seguidores e provocado reações negativas dentro do partido.
Nas redes sociais, perfis e páginas de apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a criticar Romário, chegando a chamá-lo de “traidor” e pedindo a intervenção do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para que o senador seja expulso da legenda. A pressão virtual revela o descontentamento de uma parte significativa da base bolsonarista, que cobra alinhamento firme às causas defendidas pelo grupo.
Além disso, o site Conexão Política verificou que, até as primeiras horas da sexta-feira (8), Romário havia deixado de seguir Bolsonaro no Instagram e apagado do seu perfil publicações que o associavam ao ex-presidente. Entre os conteúdos excluídos, estavam fotos e vídeos que mostravam encontros e apoios, inclusive durante a campanha eleitoral de 2022, quando o senador contou com o respaldo direto de Bolsonaro para sua reeleição.
Essa mudança de comportamento nas redes sociais levantou especulações sobre um possível afastamento político de Romário em relação ao ex-presidente e ao núcleo bolsonarista. Até agora, o senador não se pronunciou oficialmente sobre as razões que o levaram a alterar seu posicionamento, nem sobre as críticas que vem recebendo.
Romário, que construiu carreira no futebol antes de ingressar na política, sempre contou com o apoio da base conservadora e bolsonarista para sua eleição. Contudo, recentemente, ele tem sido alvo de críticas por não se comprometer integralmente com as pautas do grupo, especialmente aquelas que envolvem a contestação da atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Essa situação evidencia tensões internas no PL, com parlamentares divididos entre manter uma independência relativa e aderir plenamente às demandas do bolsonarismo. O distanciamento de Romário pode refletir uma tentativa de reposicionamento político em meio a um cenário marcado pela polarização.
A pressão para que o senador se posicione contra Alexandre de Moraes e apoie o impeachment do ministro tem aumentado, principalmente diante das cobranças públicas de grupos conservadores e eleitores mais engajados. O silêncio de Romário, entretanto, deixa dúvidas sobre qual será sua estratégia política daqui para frente.
A exclusão das postagens com Bolsonaro e o “unfollow” no Instagram também indicam uma possível tentativa do senador de ampliar sua base eleitoral ou, ao menos, de se distanciar das disputas mais acirradas que envolvem o ex-presidente.
Enquanto Romário ainda não se manifesta oficialmente, a situação gera especulações sobre seu futuro no partido e na política nacional. O caso ilustra as dificuldades enfrentadas por políticos que navegam em um ambiente cada vez mais polarizado, onde o apoio ou a rejeição a líderes como Bolsonaro e Moraes definem alianças e posições no Congresso.
Nos próximos meses, os movimentos do senador poderão influenciar não só sua trajetória pessoal, mas também o equilíbrio interno dentro do PL, partido que enfrenta desafios para manter sua coesão em meio às divisões políticas do país.
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