O governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, aprovou o uso da força militar contra cartéis de drogas da América Latina que foram oficialmente classificados como organizações terroristas estrangeiras. A medida reforça a política de endurecimento no combate ao tráfico internacional e coloca sob foco grupos atuantes no México e o Cartel de Los Soles, ligado ao regime venezuelano.
A iniciativa ocorre em meio ao agravamento das tensões entre Washington e Caracas. Desde a última eleição presidencial na Venezuela, não reconhecida pelo governo norte-americano, Nicolás Maduro passou a ser tratado como líder ilegítimo. Paralelamente, o Cartel de Los Soles recebeu a designação de grupo terrorista, e Maduro foi apontado pelas autoridades dos EUA como comandante dessa organização. Essa condição oferece respaldo jurídico para eventuais operações militares direcionadas ao regime venezuelano, tanto em território terrestre quanto marítimo.
O aumento da pressão conta com um componente estratégico: a recente assinatura de um acordo com Trinidad e Tobago, que autoriza o uso de áreas do país caribenho para movimentações militares norte-americanas. A proximidade geográfica com a Venezuela transforma a ilha em um ponto-chave para operações rápidas e de grande alcance.
No campo diplomático e de segurança, Washington também reforçou a ofensiva ao elevar recompensas por informações que levem à prisão de figuras centrais do regime. A recompensa por Nicolás Maduro foi dobrada para 50 milhões de dólares. Diosdado Cabello, apontado como aliado próximo, e Padrino López, comandante das forças armadas venezuelanas, também foram incluídos na lista de procurados, com valores de 25 e 15 milhões de dólares, respectivamente.
As investigações norte-americanas indicam que o Cartel de Los Soles abastece diretamente grupos criminosos no México, responsáveis por distribuir drogas em larga escala dentro dos Estados Unidos. A estratégia do governo Trump busca cortar o fornecimento ainda na origem, deslocando o enfrentamento para fora do território norte-americano e enfraquecendo a estrutura logística dos cartéis.
Essa política, entretanto, não se limita a México e Venezuela. Analistas alertam que, se organizações criminosas brasileiras como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho receberem a designação de grupos terroristas, os Estados Unidos teriam amparo legal para realizar ações militares contra essas facções, inclusive em território brasileiro. Embora tal cenário ainda seja improvável, sua possibilidade passou a ser considerada real no contexto da nova diretriz.
Relatórios recentes já colocam o Brasil como rota relevante para o tráfico de drogas que chega aos Estados Unidos, fator que amplia a vigilância sobre o país. Essa percepção, aliada à política de combate externo ao narcotráfico, pode influenciar a relação bilateral e gerar novos pontos de atrito diplomático.
Ao autorizar a ação militar contra organizações estrangeiras, o governo Trump adota uma postura de enfrentamento direto, apostando que intervenções fora de suas fronteiras reduzirão o fluxo de drogas para o território norte-americano. A decisão, no entanto, aumenta a tensão geopolítica na América Latina e pressiona governos da região a revisar suas estratégias de segurança e cooperação internacional.
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