BRASIL: EX-DELEGADO DA PF QUE INVESTIGOU FACADA EM BOLSONARO É PRESO


Rodrigo de Melo Teixeira, ex-delegado federal e ex-superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, foi preso em setembro de 2025. Conhecido por ter conduzido a investigação do atentado sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, Teixeira agora enfrenta acusações relacionadas a um esquema de mineração ilegal, corrupção e crimes ambientais em Minas Gerais. Sua prisão foi realizada durante a Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de desmantelar a organização criminosa.

Confira detalhes no vídeo:



As investigações indicam que Teixeira atuava como sócio oculto de uma empresa de mineração registrada no nome de sua esposa. Segundo os inquéritos, ele teria utilizado sua posição na Polícia Federal para influenciar investigações e favorecer interesses privados ligados à exploração ilegal de minérios. O levantamento da PF aponta que o esquema movimentou mais de R$ 1,5 bilhão, envolvendo ainda servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


Rodrigo de Melo Teixeira ingressou na Polícia Federal em 1999, exercendo ao longo da carreira diversos cargos de liderança, incluindo diretor de Polícia Administrativa. Após a posse de Jair Bolsonaro, em fevereiro de 2019, foi exonerado da superintendência da PF em Minas Gerais, mas continuou atuando em órgãos ligados à segurança pública e ao meio ambiente. Antes da prisão, ocupava o cargo de diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia.


A detenção de Teixeira reforça a atuação da Polícia Federal no combate à corrupção e à impunidade, mostrando que mesmo servidores com histórico de liderança em investigações importantes não estão acima da lei. O caso evidencia a necessidade de monitoramento constante das instituições públicas, sobretudo em áreas estratégicas e vulneráveis à atuação de organizações criminosas.


A Operação Rejeito permanece em andamento, com foco na identificação de outros envolvidos e na recuperação dos recursos desviados. A investigação busca esclarecer de que forma Teixeira e seus parceiros influenciaram decisões em órgãos reguladores, permitindo o avanço da mineração ilegal e o enriquecimento ilícito.


Além do impacto jurídico, o caso tem grande repercussão política e ambiental. O envolvimento de servidores públicos e a manipulação de processos administrativos demonstram a complexidade do esquema e o risco que práticas desse tipo representam para a governança e para a proteção do patrimônio ambiental.


Especialistas em segurança e combate à corrupção destacam que a prisão de um ex-delegado com histórico de atuação em investigações de alto perfil reforça a importância da fiscalização e da transparência dentro das instituições. O desenrolar do caso deve influenciar a percepção da população sobre a eficiência das autoridades no combate à corrupção e na proteção dos recursos públicos e naturais.


Em suma, a prisão de Rodrigo de Melo Teixeira representa um passo importante no enfrentamento de crimes complexos envolvendo corrupção, mineração ilegal e violações ambientais, evidenciando que nenhum indivíduo, independentemente de seu passado ou posição, está acima da lei e que a Justiça busca responsabilizar todos os envolvidos.



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