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De acordo com pessoas que convivem com o ex-presidente, Bolsonaro estaria abatido, cansado e demonstrando sinais de fragilidade. O ex-chefe do Executivo, conhecido por seu tom firme e postura de enfrentamento, teria mudado de comportamento nos últimos meses, tornando-se mais introspectivo e silencioso. As pressões judiciais, o afastamento de antigos aliados e as constantes menções à possibilidade de prisão teriam contribuído para esse estado.
Bolsonaro enfrenta diversos processos na Justiça e tem se mostrado preocupado com a possibilidade de ser condenado e perder ainda mais espaço político. Essa tensão constante, somada a problemas de saúde decorrentes do atentado de 2018, teria afetado seu bem-estar. Desde aquele episódio, ele já passou por múltiplas cirurgias e ainda lida com dores e limitações físicas. O aliado afirmou que essas condições, somadas ao peso emocional de suas batalhas políticas, estão corroendo lentamente suas forças.
Fontes próximas indicam que Bolsonaro tem se mantido mais recluso em casa, com poucas aparições públicas e raros discursos longos. A energia e o tom combativo que marcaram sua carreira teriam dado lugar a um comportamento mais reservado. Segundo relatos, o ex-presidente tem se mostrado desanimado, sentindo-se isolado e decepcionado com pessoas que antes o apoiavam, mas que hoje se distanciaram.
No campo político, a situação também é complicada. Sem mandato e com restrições impostas pela Justiça, Bolsonaro tem visto sua influência diminuir. Embora mantenha uma base fiel de apoiadores, parte da direita já começa a buscar novas lideranças capazes de dar continuidade ao movimento que ele iniciou. Essa perda gradual de protagonismo reflete um cenário de enfraquecimento político, que se soma à fragilidade emocional e física apontada pelos aliados.
A frase “morrendo aos poucos” não se limita apenas à questão da saúde. Ela simboliza um processo de desgaste total — físico, psicológico e político. Para alguém que sempre se apresentou como símbolo de força e resistência, esse novo momento marca um contraste evidente com o passado recente, quando liderava manifestações e dominava o debate público. Hoje, a imagem é de um homem cansado, preocupado e em busca de algum tipo de reequilíbrio.
Essa revelação feita por um aliado tem peso político, já que parte de dentro de seu próprio círculo. O reconhecimento de fragilidade vindo de quem sempre o defendeu reforça a percepção de que Bolsonaro vive um momento difícil. Analistas acreditam que esse quadro pode acelerar uma transição de lideranças dentro do campo conservador.
Em resumo, o ex-presidente Jair Bolsonaro atravessa uma fase marcada por cansaço físico, desgaste emocional e incerteza política. O depoimento de um aliado próximo apenas confirma o que já vinha sendo percebido: um líder que, antes símbolo de resistência, agora enfrenta o peso das próprias batalhas e o enfraquecimento gradual de sua figura pública.
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