Confira detalhes no vídeo:
Durante a conversa, o jornalista Bernardo Franco, de O Globo, questionou Dallagnol sobre os métodos utilizados na Lava Jato e levantou a hipótese de que houve exageros na condução das investigações. O ex-procurador respondeu de forma direta, afirmando que o verdadeiro abuso vem do próprio Judiciário, que estaria se distanciando da imparcialidade e se tornando um instrumento político. Para ele, decisões recentes têm fragilizado o combate à corrupção e reabilitado figuras políticas envolvidas em escândalos.
Dallagnol declarou que há uma “inversão de valores” acontecendo no país. Segundo ele, aqueles que lutaram para punir corruptos estão sendo punidos, enquanto muitos acusados de desviar dinheiro público foram beneficiados por decisões judiciais que anularam provas ou cancelaram condenações. Ele afirmou que isso representa um grave retrocesso institucional e moral, que ameaça o Estado de Direito e desestimula o trabalho de promotores e procuradores.
O ex-deputado também destacou que a Lava Jato marcou um momento histórico, pois mostrou que ninguém estava acima da lei. No entanto, lamentou que o sistema judicial tenha enfraquecido suas conquistas. Para ele, o desmonte da operação resultou na volta da impunidade e na proteção de interesses políticos. Dallagnol afirmou que muitos dos que hoje criticam a operação são justamente aqueles que foram beneficiados pelo seu fim.
Em outro ponto da entrevista, ele ressaltou a necessidade de preservar a independência do Ministério Público e de outras instituições de controle. Segundo Dallagnol, há um esforço deliberado para silenciar promotores e juízes que tentam agir de forma imparcial. Ele alertou que o uso político das decisões judiciais tem servido para intimidar e censurar vozes contrárias ao governo e a grupos poderosos.
Dallagnol também criticou parte da imprensa, dizendo que há veículos que perderam o compromisso com a verdade e preferem atacar quem combateu a corrupção em vez de denunciar os responsáveis por ela. Para ele, o jornalismo brasileiro precisa recuperar seu papel fiscalizador e abandonar alinhamentos ideológicos.
Ao encerrar sua participação, Dallagnol afirmou que continua firme em seus princípios e que não se arrepende de ter enfrentado o sistema político e judicial. Ele reafirmou sua defesa por uma justiça livre, imparcial e comprometida com o povo, sem interferências de partidos ou interesses pessoais. Suas declarações repercutiram amplamente e reacenderam o debate sobre a atuação do Judiciário e o enfraquecimento do combate à corrupção no Brasil.
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