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O texto aprovado prevê penas mais duras para quem ocupar propriedades privadas e transforma a invasão de terras produtivas em crime grave. Também autoriza que forças policiais possam agir de maneira imediata, sem aguardar um despacho da Justiça, em casos de invasão comprovada. A justificativa dos autores é garantir segurança jurídica aos produtores e proteger o direito à propriedade, que, segundo eles, vem sendo ameaçado por movimentos como o MST.
Os deputados que apoiaram o projeto afirmam que a iniciativa é necessária para conter o aumento das invasões e dar mais tranquilidade ao agronegócio. Argumentam que o país não pode aceitar a ocupação de propriedades produtivas, pois isso atrapalha o desenvolvimento econômico e coloca em risco a segurança de trabalhadores rurais. Para os defensores da proposta, a falta de punição tem estimulado grupos a agir fora da lei, o que exige uma resposta mais firme do Estado.
Por outro lado, parlamentares de esquerda e organizações sociais afirmam que o projeto tem caráter autoritário e que representa uma tentativa de criminalizar o MST e outros movimentos de luta pela terra. Segundo eles, a medida favorece grandes latifundiários e ignora a desigualdade histórica na distribuição de terras no Brasil. Também apontam que permitir ações policiais sem ordem judicial abre espaço para abusos e violência contra famílias pobres que vivem em áreas ocupadas há anos.
Durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça, o debate foi marcado por troca de acusações e discursos acalorados. O texto foi aprovado por ampla maioria, com 39 votos a favor e 15 contra. Deputados ligados à bancada ruralista comemoraram o resultado, afirmando que o Brasil precisa restaurar a autoridade e garantir o direito de propriedade. Já os parlamentares da oposição classificaram o projeto como uma ameaça aos direitos humanos e uma afronta à Constituição.
O governo federal demonstrou preocupação com alguns pontos e indicou que pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso considere que o texto fere princípios constitucionais. Ainda assim, a tendência é que o projeto avance, já que conta com amplo apoio entre os deputados da base ruralista e da direita.
O avanço do chamado “projeto anti-MST” evidencia a forte divisão política sobre a questão agrária no país. Enquanto uma parte defende punições severas para ocupações, outra cobra soluções sociais e políticas públicas de reforma agrária. O debate reflete o velho impasse brasileiro entre a defesa da propriedade privada e o direito à terra para quem dela depende para sobreviver.
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