VIDEO: CENTRÃO PUNE MINISTROS DE LULA


O Centrão voltou a demonstrar sua força e capacidade de influência sobre ministros do governo Lula, revelando fissuras dentro da base aliada. Recentemente, o Partido Progressistas (PP), liderado por Ciro Nogueira, decidiu afastar o ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as instâncias de decisão da legenda. A medida foi tomada depois que Fufuca desobedeceu a orientação do partido de deixar o governo federal, permanecendo no cargo. Além disso, o diretório estadual do Maranhão, comandado por ele, também passou por intervenção, com a substituição da liderança regional.


Essa decisão evidencia um conflito interno no Centrão, mostrando a divisão entre membros que se alinham à oposição bolsonarista e aqueles que buscam manter influência junto ao Executivo. A permanência de Fufuca no Ministério do Esporte, desde setembro de 2023, vinha gerando descontentamento dentro do partido, principalmente após o PP estabelecer um prazo para que seus filiados deixassem cargos no governo, alegando divergência política.


Outro caso semelhante envolve o ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil. Ele também enfrenta pressões para deixar o governo, mas mantém-se firme na decisão de permanecer. Sabino declarou acreditar na reeleição de Lula em 2026, independentemente do apoio do Centrão, destacando que sua permanência tem também um caráter estratégico-eleitoral.


As decisões desses ministros tiveram repercussão direta no Congresso Nacional. O governo federal sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados com a rejeição de uma medida provisória que visava substituir o aumento do IOF. A articulação do PP e do União Brasil foi fundamental para esse resultado, com a maioria dos deputados do PP e grande parte do União Brasil votando contra a proposta. Lideranças do governo enxergaram a movimentação como uma manobra política que enfraquece a gestão federal, possivelmente favorecendo adversários de Lula nas eleições de 2026, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.


Em reação, o presidente Lula afirmou que não pretende “implorar apoio” de partidos que ameaçam abandonar a base aliada. Ele classificou a pressão para que ministros peçam demissão como um gesto de pequenez política, reforçando a ideia de que continuará governando mesmo diante das resistências internas.


O episódio deixa claro tanto a fragilidade da base aliada quanto o poder de negociação do Centrão, que ao agir de forma mais independente, desafia a capacidade do Executivo de garantir apoio e aprovar medidas importantes. Ao mesmo tempo, evidencia que a estabilidade política do governo Lula depende de negociações constantes e de uma atenção cuidadosa às alianças parlamentares, essenciais para assegurar governabilidade e manter o controle sobre decisões estratégicas nos próximos anos.



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