O filho de Jair Bolsonaro disse que o governo Lula teria oferecido contrapartidas secretas aos Estados Unidos para garantir apoio diplomático ou comercial. Ele insinua que esses acordos ocultos poderiam envolver pressões sobre o Judiciário brasileiro e concessões que ultrapassam as prerrogativas nacionais. Na visão de Eduardo, tudo estaria sendo negociado além das lentes da transparência, nas sombras de um jogo de poder entre Brasília e Washington.
Ele ainda alegou que integrantes do atual governo e diplomatas estariam agindo nos bastidores para suavizar críticas americanas, em detrimento da pressão interna que setores conservadores fazem contra Lula. Segundo Eduardo, essas manobras teriam sido preparadas há semanas, com interlocuções discretas e “comissões paralelas” sem participação parlamentar ou supervisão pública.
A narrativa dele também inclui que Trump teria solicitado garantias de que certos inquéritos e processos judiciais no Brasil não fossem interferidos caso ele aceitasse certa aproximação com Lula. Eduardo insiste que parte da negociação envolve uma espécie de “blindagem” legal aos interesses do governo anterior, algo que ele considera inadmissível.
Além disso, ele afirmou que Lula estaria disposto a admitir certas exigências dos EUA, como flexibilizações regulatórias ou facilitação de importações que beneficiariam empresas norte-americanas, sem que isso passe por debate público ou análise crítica. Para Eduardo, essas concessões ocultas representariam sacrificar a soberania econômica brasileira em troca de um acordo simbólico de boa vontade diplomática.
Os posicionamentos de Eduardo Bolsonaro têm repercutido forte entre aliados e opositores. Por um lado, reforçam a suspeita de que a reaproximação com os EUA inclui acordos pouco transparentes. Por outro, acendem o debate sobre quão legítimas e seguras devem ser negociações internacionais que envolvam o Brasil, especialmente quando tratadas nos bastidores.
Enquanto Eduardo denuncia essas negociações paralelas, o governo Lula tenta mostrar que as tratativas com Trump seguirão a lógica diplomática clássica — transparência, defesa da soberania nacional e combinação entre diálogo e interesses estratégicos. O desafio, para o Planalto, será demonstrar que qualquer pacto está sendo construído com visibilidade e controle institucional.
Se Eduardo Bolsonaro está certo ou não em suas afirmações, isso ainda dependerá de investigações, registros diplomáticos e provas concretas. Mas, ao menos politicamente, suas acusações servem para tensionar o debate público, mantendo sob foco os limites entre negociação legítima e acordos indevidos nos bastidores — especialmente em uma relação internacional tão delicada quanto a do Brasil com os Estados Unidos.
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