VIDEO: REPÓRTER ENQUADRA DEPUTADO PAULINHO DA FORÇA SOBRE “DOSIMETRIA”


O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do chamado “PL da Dosimetria”, se tornou o centro das atenções após ser confrontado por uma repórter durante uma entrevista em Brasília. A jornalista questionou o parlamentar sobre os verdadeiros objetivos do projeto, que prevê a revisão das penas aplicadas a condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Visivelmente incomodado, Paulinho tentou justificar a proposta afirmando que não se tratava de uma anistia, mas sim de um ajuste jurídico para equilibrar o tratamento dado aos acusados.


A repórter insistiu em pontos polêmicos, como quais crimes seriam contemplados, quais critérios seriam usados na revisão das penas e se o projeto poderia beneficiar aliados políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diante das perguntas diretas, o deputado preferiu se esquivar, afirmando apenas que o texto “busca pacificar o país” e “diminuir tensões políticas”. A falta de clareza, porém, gerou ainda mais críticas, tanto da imprensa quanto de parlamentares de diferentes partidos.


Dentro do Congresso, o “PL da Dosimetria” já vinha sendo alvo de controvérsias. Partidos de esquerda, especialmente o PT, acusam Paulinho de tentar criar uma brecha legal para suavizar punições contra envolvidos na tentativa de invasão das sedes dos Três Poderes. Já setores do Centrão e da oposição argumentam que o projeto seria uma forma de corrigir supostos excessos cometidos pela Justiça. Paulinho tenta se equilibrar entre essas duas pressões, mas o episódio com a repórter evidenciou as dificuldades em defender o texto publicamente.


Após o embaraço, fontes nos bastidores indicam que Paulinho pretende buscar apoio político de figuras influentes, como José Dirceu, para tentar reconstruir pontes com a base governista. O parlamentar também estaria articulando reuniões com líderes do PSD e do MDB para reformular o texto antes de levá-lo à votação. Apesar disso, o clima é de resistência. Deputados próximos a Lula afirmam que o governo não pretende apoiar qualquer proposta que possa ser interpretada como anistia disfarçada.


O episódio da entrevista repercutiu fortemente nas redes sociais. Críticos apontaram que o parlamentar evitou responder questões fundamentais, enquanto aliados tentaram defender que o projeto busca apenas “justiça proporcional”. A falta de domínio sobre os detalhes técnicos da proposta acabou reforçando a percepção de improviso e falta de preparo. O próprio Paulinho reconheceu, em conversas reservadas, que precisa melhorar sua comunicação e esclarecer o objetivo do texto antes de voltar à mídia.


A pressão aumenta porque o projeto se tornou um termômetro político entre oposição e governo. Para o Planalto, aceitar qualquer tipo de redução de pena para os envolvidos em atos golpistas seria um sinal de fraqueza institucional. Para a direita, recusar o debate sobre a dosimetria é perpetuar o que chamam de “perseguição judicial”.


Diante desse impasse, Paulinho da Força tenta se posicionar como mediador, mas a exposição negativa causada pelo confronto com a repórter enfraqueceu sua imagem. O futuro do “PL da Dosimetria” agora depende da habilidade política do deputado em reconstruir sua credibilidade e convencer o Congresso de que sua proposta não é um instrumento de perdão, e sim uma medida de equilíbrio judicial.



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