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A estratégia inclui o pedido de uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza a participação das Forças Armadas em situações de grave risco à segurança pública. Nessa atuação, o Exército não entrará em confrontos diretos, mas dará suporte logístico — como transporte, estrutura tática e uso de veículos blindados — para fortalecer as forças policiais do estado. O plano prevê começar pelas regiões consideradas menos críticas, com o objetivo de expandir gradualmente o controle estatal sobre territórios hoje sob influência de grupos criminosos.
Entre as localidades apontadas como prioritárias estão comunidades do Rio e de cidades próximas, como São Gonçalo, Vila Kennedy, Antares e Mangueirinha. O governo avalia que essas áreas representam pontos estratégicos para reduzir a presença das facções e abrir caminho para ações sociais e estruturais. A ideia é evitar operações isoladas e passageiras, buscando uma ocupação planejada e contínua que garanta resultados concretos.
O governador também destacou que a luta contra o crime não pode se restringir ao policiamento. O plano inclui medidas sociais voltadas à educação, saúde, geração de emprego e incentivo à economia local. O propósito é enfraquecer o poder das facções a partir da presença real do Estado e da melhoria nas condições de vida da população. Para isso, será necessária a cooperação entre as três esferas de governo — municipal, estadual e federal — de forma articulada e duradoura.
O documento com o plano de ação será apresentado ao Supremo Tribunal Federal, atendendo a uma decisão que exige do estado uma política estruturada para recuperar territórios dominados pelo crime. A proposta trará prazos, metas e responsabilidades de cada órgão envolvido. A expectativa é que as operações conjuntas com o governo federal comecem já em 2025, marcando uma nova fase nas políticas de segurança pública fluminense.
Apesar das intenções positivas, o cenário é complexo. O Rio de Janeiro enfrenta há muitos anos um quadro de violência enraizado, com organizações criminosas que controlam não só o tráfico de drogas, mas também serviços e comércios informais, como transporte, gás e internet. Esse domínio criou uma economia paralela que sustenta o poder das facções. Por isso, especialistas apontam que só a repressão não basta — é necessário garantir que o Estado permaneça presente de forma efetiva e contínua.
O governo afirma estar preparado para uma atuação longa e planejada, com foco tanto na força quanto na reconstrução social. A expectativa é que essa nova etapa marque uma mudança no modo como o Rio enfrenta o crime organizado. O êxito dependerá da capacidade de manter o controle dos territórios, fortalecer a presença pública nas comunidades e oferecer alternativas concretas à população, rompendo o ciclo de abandono que alimenta a criminalidade.
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