Um episódio de extrema violência interrompeu a rotina do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) na tarde desta sexta-feira, 28 de novembro. Imagens que circularam nas redes sociais mostram um professor seguindo com a explicação de sua aula enquanto um tiroteio ocorria do lado de fora da sala. O vídeo revela que a porta do ambiente estava bloqueada com uma pilha de cadeiras, aparentemente colocadas de maneira estratégica para dificultar a entrada do agressor e proteger os alunos e servidores presentes.
Confira detalhes no vídeo:
Apesar do barulho dos disparos e do clima de medo que tomou conta da instituição, o docente manteve a calma e continuou ministrando o conteúdo, tentando preservar um mínimo de normalidade em meio a uma situação de alta tensão. A atitude chamou a atenção dos internautas, que manifestaram surpresa com a postura do professor diante do risco iminente.
O tiroteio teve início quando um funcionário da instituição abriu fogo contra duas colegas de trabalho. As vítimas foram identificadas como Allane de Souza Pedrotti Matos, diretora da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino, e Layse Costa Pinheiro, psicóloga do Cefet. Ambas exerciam funções ligadas à área de ensino e acompanhamento de servidores e estudantes.
O autor dos disparos foi identificado como João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves. Informações preliminares apuradas por fontes internas indicam que ele demonstrava incômodo em ser subordinado a mulheres, o que teria gerado atritos no ambiente de trabalho. O comportamento do agressor já vinha sendo observado pela instituição, que havia registrado episódios de instabilidade emocional e conflitos recentes envolvendo sua atuação profissional.
De acordo com dados levantados junto a fontes oficiais, João sofria de problemas psicológicos e havia passado por afastamento devido a questões psiquiátricas. Após retornar às atividades, ele foi transferido para outro setor, mas a mudança não teria sido suficiente para evitar novos desentendimentos. Relatos apontam que ele criou conflitos no setor pedagógico, o que levou a um novo afastamento pouco antes do ataque.
O clima dentro da instituição no momento dos disparos era de pânico generalizado. Servidores e estudantes buscaram abrigo em salas de aula, laboratórios e áreas internas, enquanto portas eram improvisadamente bloqueadas com móveis para tentar impedir o avanço do atirador. A presença de alunos no campus ampliou a gravidade da situação, exigindo uma rápida mobilização de segurança para conter o agressor e evitar novas vítimas.
O episódio gerou forte comoção entre a comunidade acadêmica e reacendeu debates sobre a segurança em instituições de ensino, especialmente diante de casos envolvendo servidores com histórico de problemas emocionais ou comportamentais. A direção do Cefet deve revisar protocolos internos e ampliar o acompanhamento psicológico de funcionários, buscando prevenir situações similares.
As autoridades continuam investigando as circunstâncias que levaram ao ataque e avaliam a conduta do agressor nos dias anteriores ao crime. A tragédia trouxe impacto profundo sobre a comunidade do Cefet e expôs fragilidades nos mecanismos de prevenção de conflitos dentro do ambiente institucional.
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