VÍDEO: ADVOGADA EXPÕE “TRAMA DIABÓLICA” CONTRA PRESOS DO 8 DE JANEIRO


Uma advogada que defende pessoas presas em decorrência dos eventos acontecidos em 8 de Janeiro alega que existe uma articulação sistemática para transformar os detentos desse episódio em vítimas, desvirtuando o foco das responsabilidades que lhes são atribuídas. De acordo com sua versão, o que estaria em curso não é apenas um processo legal comum, mas uma operação cuidadosamente estruturada, com envolvimento de profissionais, mídia e influenciadores digitais, visando criar uma narrativa de perseguição política ou judicial em torno desses acusados.


Ela sustenta que essa estratégia emprega alegações de maus‑tratos, condições degradantes de prisão, imposição de silenciamento da defesa e divulgação incessante de versões favoráveis aos acusados, ainda que os documentos oficiais que acompanharam os processos, segundo ela, não corroborem tais afirmações com a consistência apresentada nas campanhas midiáticas. Segundo essa advogada, o resultado é um duplo impacto: por um lado, diluir a noção de autoria, participação e responsabilidade individual dos presos nos ataques às instituições; por outro, gerar pressão por benefícios como progressão de regime, anistia ou mudanças de lei, em nome da narrativa de que eles estariam submetidos a injustiça ou perseguição ideológica.


Na sua avaliação, essa “trama” impede uma distinção clara entre cumprimento da lei pelo Estado e criminalidade por parte dos detidos. Ela destaca que criticar condições prisionais é legítimo e necessário — em nome dos direitos humanos —, mas adverte que quando esse tipo de crítica passa a servir ao interesse de reverter papéis — de réus para vítimas — ela passa a ameaçar a própria ordem do sistema de responsabilização legal. Para ela, isso seria especialmente grave porque, no caso específico dos presos de 8 de Janeiro, que são acusados de atos contra o Estado, a vitimização midiática diminui o impacto simbólico do crime, desestimula a responsabilização individual e pode enfraquecer a confiança pública na justiça.


A advogada solicita que familiares dos presos, entidades de defesa de direitos e a sociedade em geral adotem postura crítica diante dessas narrativas. Ela defende mais transparência nos registros, acesso irrestrito aos autos, laudos e procedimentos prisionais — e ressalta que a defesa deve ser garantida sem que isso implique em anulação automática de fatos ou responsabilidades simplesmente por meio de apelo emocional ou midiático. Em sua visão, a tarefa não é apenas proteger o direito de defesa, mas assegurar que a responsabilidade não seja apagada por meio de discurso de perseguição.


Por fim, ela argumenta que o real risco nessa situação não é exclusivamente o excesso estatal, mas também o uso indevido de mecanismos de denúncia para fins políticos ou midiáticos, que objetivam mais o alívio de penalizações — ou uma “inversão de vítima” — do que a busca por justiça ou reforma do sistema. Nesse contexto, ela entende que deixar que o discurso de vitimização se sobreponha à análise cuidadosa de provas, condutas e penalidades criminais seria abrir precedente para uma espécie de “mercado” de vitimização, no qual a acusação de perseguição passa a substituir o reconhecimento das condutas ilícitas que fundamentam as prisões.



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