Diversos grupos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram uma grande mobilização nacional chamada “Marcha pela Liberdade”. O movimento ocupou ruas de várias capitais e cidades médias com o mesmo propósito: pedir a libertação de Bolsonaro e a saída da prisão de pessoas detidas ou condenadas por envolvimento nos episódios de 8 de janeiro de 2023. O ato foi organizado por lideranças políticas, influenciadores e familiares de presos que afirmam existir injustiças nos processos relacionados às investigações desse período.
Confira detalhes no vídeo:
A marcha foi anunciada como uma reação direta ao que os organizadores classificam como medidas desproporcionais tomadas pelo Judiciário. Para eles, tanto a prisão do ex-presidente quanto a manutenção de centenas de detidos ligados ao 8 de janeiro representariam um desvirtuamento da aplicação das leis. Ao longo dos percursos, bandeiras, camisetas verde e amarela e cartazes pedindo “liberdade” dominaram a paisagem. Vários participantes argumentaram que o foco do ato era defender princípios constitucionais, especialmente garantias individuais que, segundo eles, estariam sendo comprometidas.
Integrantes da manifestação dividiram relatos sobre situações vividas por parentes presos. Muitos afirmaram que os processos estariam se arrastando, que audiências demoraram mais do que o esperado ou que as medidas impostas foram excessivamente duras para pessoas sem histórico criminal. Esses depoimentos serviram de combustível para reforçar a narrativa de que existe abuso de autoridade e falta de proporcionalidade nas decisões tomadas após o ataque às sedes dos Poderes.
Políticos próximos a Bolsonaro também subiram em carros de som e deram declarações. defenderam que há um desequilíbrio entre os Poderes e que a Justiça estaria ultrapassando limites. Reforçaram ainda que, para eles, a prisão de Bolsonaro simboliza esse conflito institucional e representa um risco para a democracia. Muitos pediram engajamento permanente dos apoiadores e disseram que trabalharão no Congresso para rever normas, contestar decisões e propor formas de intensificar o controle sobre órgãos responsáveis pelas investigações.
As forças de segurança acompanharam as manifestações desde cedo. Em várias cidades, contingentes extras foram acionados para monitorar possíveis tumultos. O clima se manteve controlado na maior parte do tempo, com incidentes isolados de discussão entre participantes da marcha e críticos que passavam pelo local. A orientação policial foi evitar confrontos, dispersar eventuais focos de conflito e manter as vias liberadas.
O ato reacendeu discussões intensas no cenário político. Para os apoiadores de Bolsonaro, as prisões são resultado de perseguição e de atuação parcial das instituições. Já críticos da marcha afirmam que o protesto tenta minimizar a gravidade do 8 de janeiro, transformando acusados em mártires. Defendem que as prisões são necessárias para responsabilizar quem participou de ataques contra o Estado democrático e lembram que todos os processos seguem ritos judiciais estabelecidos.
Ao fim da mobilização, os organizadores afirmaram que outras ações estão planejadas e que a “Marcha pela Liberdade” marca o início de uma nova etapa de pressão social. Para eles, o movimento continuará até que Bolsonaro e todos os detidos sejam soltos. Com isso, o ambiente político segue tenso, indicando que o debate em torno da Justiça, da democracia e do papel das instituições continuará ocupando o centro da cena nacional.
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