BRASIL: MORAES RESPONDE PEDIDO DE CIRUGIA URGENTE DE BOLSONARO


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (19/12) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja submetido a uma cirurgia após exames confirmarem o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral. A liberação ocorreu após solicitação da defesa, que apresentou laudos médicos indicando a necessidade do procedimento para evitar agravamento do quadro clínico.
Confira detalhes no vídeo:


De acordo com os documentos enviados ao Supremo, Bolsonaro vem enfrentando dores frequentes e desconforto físico, sintomas compatíveis com o tipo de hérnia identificada. A hérnia inguinal bilateral é caracterizada pelo deslocamento de tecidos através da parede abdominal na região da virilha, em ambos os lados, podendo causar limitações de movimento e riscos à saúde quando não tratada de forma adequada.

Na decisão, Alexandre de Moraes considerou que a cirurgia possui indicação médica clara e que a realização do procedimento é necessária para preservar a integridade física do ex-presidente. O ministro determinou que a defesa comunique previamente ao STF a data, o local da cirurgia e o tempo estimado de recuperação, além de informar eventuais intercorrências no pós-operatório.

O despacho também estabelece que Bolsonaro deverá seguir rigorosamente as recomendações médicas durante o período de recuperação, que pode incluir repouso e restrições temporárias de atividades. Caso haja necessidade de afastamento prolongado ou mudanças na rotina, o Supremo deverá ser informado para fins de acompanhamento.

Jair Bolsonaro já passou por diversas intervenções cirúrgicas desde 2018, quando sofreu um atentado durante a campanha presidencial. Desde então, enfrenta problemas recorrentes na região abdominal, com episódios de internação e procedimentos médicos ao longo dos últimos anos. Médicos apontam que cirurgias anteriores podem contribuir para o surgimento de hérnias, especialmente quando há fragilidade na musculatura da parede abdominal.

A autorização concedida pelo ministro não interfere nos processos judiciais em curso que envolvem o ex-presidente no STF. A decisão tem caráter estritamente administrativo e humanitário, assegurando o direito ao tratamento médico adequado, conforme previsto na legislação brasileira.

Integrantes da defesa afirmam que a cirurgia é considerada de complexidade moderada e que, seguindo o protocolo médico, a recuperação tende a ocorrer sem maiores complicações. Pessoas próximas a Bolsonaro relataram que o procedimento vinha sendo avaliado há algum tempo, mas que o aumento das dores levou os médicos a recomendarem a intervenção com maior urgência.

Até o momento, não foram divulgadas informações oficiais sobre o hospital onde a cirurgia será realizada nem sobre a data exata do procedimento. A defesa informou apenas que todas as exigências determinadas pelo Supremo serão cumpridas e que o estado de saúde do ex-presidente será comunicado às autoridades competentes.

A autorização repercutiu no meio político e jurídico, mas foi tratada como uma decisão técnica, baseada exclusivamente em critérios médicos. O entendimento predominante no STF é de que o direito à saúde deve ser garantido independentemente da situação jurídica do paciente, desde que respeitadas as determinações legais.


VEJA TAMBÉM:

Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.

Comentários