VÍDEO: ADVOGADO É RETIRADO DA TRIBUNA DO STF POR POLICIAL APÓS ORDEM DE DINO


A reunião da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada na terça-feira, 9 de dezembro, acabou marcada por um episódio inesperado envolvendo o advogado Jeffrey Chiquini, representante legal do ex-assessor Filipe Martins. Durante sua fala na tribuna, o profissional acabou sendo retirado do espaço por um policial, após determinação direta do presidente da Turma, ministro Flávio Dino. O momento exato não foi exibido na transmissão da sessão, mas as informações se espalharam rapidamente no meio jurídico e repercutiram nas redes sociais.

O incidente começou quando Jeffrey tentou levantar uma questão de ordem enquanto fazia sua defesa. A solicitação não foi aceita pelo ministro responsável pela condução da sessão, o que gerou um atrito verbal. A partir desse ponto, a tensão aumentou, levando Flávio Dino a interromper a participação do advogado e solicitar que um policial o conduzisse de volta ao seu assento. O presidente da Turma informou, durante a discussão, que havia autorizado a intervenção para restabelecer a organização da sessão.

Depois do ocorrido, o advogado relatou que o policial se aproximou de maneira firme e ordenou que ele deixasse a tribuna, elevando a voz enquanto dava as instruções. Não houve contato físico, mas a proximidade teria sido suficiente para criar um clima de pressão. Jeffrey afirmou que ainda tentava concluir seus argumentos quando recebeu a ordem de se retirar, o que, na sua avaliação, prejudicou a possibilidade de defender seu cliente de forma plena.

O advogado comentou o episódio em publicações nas redes sociais, expressando inconformismo com a forma como foi tratado durante a sessão. Ele argumentou que, ao ser impedido de continuar sua fala, teve cerceado o pleno exercício da advocacia e o direito legítimo de defesa. O relato gerou reações de outros profissionais do Direito, que passaram a discutir as circunstâncias da retirada e os limites da atuação policial dentro da Suprema Corte.

O acontecimento reacendeu debates a respeito das prerrogativas de advogados em tribunais superiores e da condução de julgamentos que envolvem temas sensíveis. Para muitos integrantes da comunidade jurídica, a necessidade de intervenção policial em meio à fala de um defensor é um fato excepcional e que merece análise cuidadosa. A situação levanta questionamentos sobre qual deve ser o equilíbrio entre a autoridade da presidência da Turma e o respeito ao espaço destinado à defesa técnica.

Após a retirada de Jeffrey, a sessão prosseguiu, mas o episódio continuou sendo discutido ao longo do dia. A forma como a situação foi conduzida despertou atenção de entidades representativas que pretendem avaliar eventuais providências, diante do impacto simbólico que o caso provoca. A atuação da polícia dentro de um julgamento no STF, ainda que sem violência física, tem sido interpretada por alguns especialistas como um sinal de tensão institucional.

O fato deve permanecer em destaque nos próximos dias, enquanto novos esclarecimentos são aguardados e possíveis manifestações oficiais podem ser emitidas. O episódio amplia o debate sobre o ambiente de trabalho nos tribunais superiores e sobre como garantir que a defesa técnica consiga atuar plenamente mesmo em situações de conflito.

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