Na quinta-feira, 25 de dezembro de 2025, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu publicamente o conteúdo da carta em frente ao hospital DF Star, em Brasília. O ato aconteceu poucos minutos antes de Jair Bolsonaro ser submetido a uma cirurgia para correção de duas hérnias. A leitura chamou a atenção pelo simbolismo do momento e pela mensagem política transmitida, reforçando a tentativa de manter Bolsonaro presente no debate público mesmo afastado temporariamente por razões médicas.
No texto atribuído ao ex-presidente, Bolsonaro afirma estar enfrentando um “cenário de injustiças”, sem entrar em detalhes específicos. A carta tem tom de desabafo e de mobilização política, direcionada a apoiadores e eleitores. Um dos pontos centrais do documento é a reafirmação da decisão de indicar Flávio Bolsonaro como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. Segundo o texto, essa escolha seria fruto de uma decisão “consciente e legítima”, tomada com base no que Bolsonaro considera ser o melhor caminho para o país.
A divulgação do vídeo com inteligência artificial gerou comentários tanto de apoio quanto de crítica. Para aliados, o material reforça a imagem de liderança de Jair Bolsonaro e demonstra continuidade política mesmo em um momento de fragilidade pessoal. Já críticos apontaram o uso da tecnologia como uma tentativa de criar impacto emocional e questionaram a ética de empregar inteligência artificial para reproduzir a imagem e a voz de uma figura pública em um contexto político sensível.
Ao compartilhar o vídeo, Rogério Marinho deixou clara sua posição. Em sua publicação, o senador escreveu uma mensagem direta de apoio ao ex-presidente e ao senador Flávio Bolsonaro, afirmando que estará ao lado deles na “luta para resgatar e reconstruir o Brasil”. A declaração reforça o alinhamento de Marinho com o projeto político do PL e com a estratégia de consolidar Flávio como principal nome do grupo para a disputa presidencial.
A leitura da carta por Flávio Bolsonaro também foi interpretada como um gesto simbólico de transferência de protagonismo político. Ao assumir publicamente o papel de porta-voz do pai em um momento crítico, Flávio reforça sua posição como herdeiro político direto de Jair Bolsonaro. O episódio foi amplamente compartilhado nas redes sociais e utilizado por apoiadores como demonstração de união e continuidade dentro da família Bolsonaro e do partido.
O caso reacende o debate sobre o uso de inteligência artificial na política, especialmente em períodos pré-eleitorais. Especialistas alertam para o potencial da tecnologia de influenciar a opinião pública, enquanto políticos aliados defendem o recurso como uma ferramenta legítima de comunicação. Em meio a esse cenário, a carta e o vídeo passaram a integrar a estratégia narrativa do bolsonarismo para manter sua base mobilizada e projetar o nome de Flávio Bolsonaro como candidato viável à Presidência em 2026.
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