VÍDEO: CORONEL REVELA COMO PODE SE DAR GUERRA ENTRE EUA E VENEZUELA


Durante a Cúpula do Mercosul, realizada neste sábado (20) em Foz do Iguaçu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta direto sobre os riscos de uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela. Segundo Lula, uma ação armada estrangeira no país vizinho poderia desencadear uma grave catástrofe humanitária, com impactos não apenas internos, mas em toda a região sul-americana.


Ao discursar diante de líderes do bloco, o presidente brasileiro criticou a presença militar de potências externas na América do Sul, afirmando que esse tipo de iniciativa tende a agravar crises políticas e sociais, em vez de resolvê-las. Lula defendeu que conflitos regionais sejam tratados por meio do diálogo, da mediação diplomática e do fortalecimento de mecanismos multilaterais, evitando soluções baseadas no uso da força.


O presidente ressaltou que a América do Sul já convive com desafios estruturais importantes, como pobreza, desigualdade social, fluxos migratórios e instabilidade econômica. Para ele, um conflito armado na Venezuela teria efeito dominó, intensificando crises humanitárias, ampliando o número de refugiados e pressionando países vizinhos, especialmente Brasil, Colômbia e Caribe. Lula afirmou que a região não pode ser novamente palco de disputas geopolíticas entre grandes potências.


A fala ocorre em meio ao aumento das tensões entre Estados Unidos e Venezuela, após declarações do presidente norte-americano Donald Trump admitindo a possibilidade de ações militares e apreensões de navios venezuelanos. Diante desse cenário, Lula reforçou que o Brasil não apoia qualquer iniciativa que viole a soberania de países sul-americanos e reiterou a tradição diplomática brasileira de defesa da paz e da autodeterminação dos povos.


Para analisar o tema, a Jovem Pan ouviu o coronel da reserva Paulo Filho, especialista em assuntos estratégicos e geopolíticos. Segundo ele, uma intervenção militar estrangeira na Venezuela teria consequências imprevisíveis. O coronel avalia que, além do impacto humanitário imediato, haveria risco de prolongamento do conflito, com envolvimento de grupos armados internos e possíveis reações de aliados internacionais do governo venezuelano.


Paulo Filho destacou que operações militares raramente se limitam aos objetivos iniciais anunciados. Na avaliação do militar da reserva, ataques externos tendem a desorganizar estruturas básicas do Estado, como fornecimento de energia, água e alimentos, afetando diretamente a população civil. Ele também apontou que o uso da força poderia fortalecer discursos nacionalistas e autoritários, dificultando ainda mais uma saída política negociada.


O coronel concordou com a posição defendida por Lula ao afirmar que soluções diplomáticas são menos custosas e mais eficazes no longo prazo. Para ele, organismos regionais, como o Mercosul e a Unasul, poderiam desempenhar papel mais ativo na mediação do conflito venezuelano, desde que haja vontade política e coordenação entre os países da região.


Encerrando sua participação na cúpula, Lula reafirmou que o Brasil seguirá atuando para evitar a escalada de tensões e para promover o diálogo regional. Segundo o presidente, a estabilidade da América do Sul depende do respeito à soberania, da cooperação entre os países e da rejeição a intervenções militares externas que apenas aprofundam crises já existentes.



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