VÍDEO: MANIFESTANTE É DETIDA APÓS PICHAR ESTÁTUA DURANTE PROTESTO CONTRA PROJETO DA DOSIMETRIA


Uma manifestante foi detida neste domingo (14) durante atos organizados por grupos de esquerda contra o Projeto de Lei da dosimetria, em Belo Horizonte. A prisão ocorreu após a mulher pichar uma estátua localizada na região central da capital mineira. O episódio foi registrado durante uma das mobilizações que reuniram militantes contrários à proposta em tramitação no Congresso Nacional.


A mulher foi identificada como Thabata Pinheiro Campos. Segundo informações da Guarda Municipal, ela escreveu a frase “Brasil Terra Indígena” na base do Monumento à Terra Mineira, uma obra simbólica instalada em espaço público da cidade. A ação foi flagrada por agentes que acompanhavam a manifestação e faziam o monitoramento preventivo da área.


Ainda de acordo com a Guarda Municipal, ao ser abordada, a manifestante resistiu à ação dos agentes, o que levou à sua detenção no local. Testemunhas relataram que houve tensão no momento da abordagem, com outros manifestantes tentando intervir verbalmente enquanto os guardas conduziam a mulher.


Após a detenção, Thabata foi encaminhada à delegacia para prestar esclarecimentos. A defesa informou que ela foi ouvida pela autoridade policial e liberada ainda no domingo, sem permanecer presa. Não foram divulgados detalhes sobre eventual lavratura de termo circunstanciado ou outras medidas legais adotadas após o registro da ocorrência.


O ato em que ocorreu a detenção fazia parte de uma série de manifestações realizadas em diferentes cidades do país contra o PL da dosimetria. O projeto tem sido alvo de críticas por movimentos sociais e partidos de esquerda, que alegam que a proposta pode beneficiar investigados e condenados ao alterar critérios para a aplicação de penas. Os organizadores dos protestos defendem que o texto representa um retrocesso no combate a crimes contra a democracia.


Em Belo Horizonte, a manifestação reuniu grupos ligados a movimentos estudantis, sindicatos e coletivos identitários. Durante o ato, foram entoados gritos de protesto, exibidas faixas e cartazes, além de intervenções artísticas e palavras de ordem contra o projeto. A maior parte da mobilização transcorreu de forma pacífica, segundo as autoridades, com exceção do episódio envolvendo a pichação do monumento.


A Prefeitura de Belo Horizonte ainda não informou se irá providenciar a limpeza imediata da estátua ou se adotará medidas administrativas adicionais em relação ao dano ao patrimônio público. O Monumento à Terra Mineira é considerado um símbolo cultural da cidade e integra o conjunto de obras expostas em espaço aberto.


O caso reacendeu o debate sobre os limites das manifestações políticas e o uso de espaços públicos durante protestos. Enquanto participantes do ato defenderam a ação como forma de expressão simbólica, autoridades reforçaram que a depredação de patrimônio público é considerada infração e pode resultar em sanções legais.


A Polícia Civil deve analisar o registro da ocorrência para definir se haverá desdobramentos jurídicos. Até o momento, a defesa de Thabata Pinheiro Campos afirma que a manifestante colaborou com as autoridades e que sua liberação ocorreu após os procedimentos de praxe.


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