A forte ventania registrada em São Paulo na tarde desta quarta-feira (10) provocou uma série de problemas na capital e refletiu diretamente no funcionamento da aviação comercial. As rajadas intensas, que se aproximaram de 100 quilômetros por hora em determinados pontos da cidade, comprometeram as condições de pouso nos principais aeroportos e obrigaram aeronaves a alterarem seus trajetos de última hora. Com isso, ao menos nove voos foram direcionados para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, distante cerca de 100 quilômetros da capital.
Dos voos desviados, sete tinham pouso programado para o Aeroporto de Congonhas, conhecido pela operação complexa e pelas restrições ocasionadas pelo clima. Outros dois aviões, que seguiriam para Guarulhos, também não conseguiram completar a descida de forma segura e seguiram para Campinas. O fluxo inesperado aumentou o movimento em Viracopos, que precisou rapidamente reforçar o atendimento para receber os passageiros e reorganizar o esquema de solo.
A turbulência durante a aproximação para Congonhas foi particularmente severa em um voo vindo de Curitiba. A aeronave enfrentou forte instabilidade momentos antes de ser redirecionada e, ao chegar a Campinas, alguns passageiros necessitaram de avaliação médica em razão do desconforto e dos efeitos provocados pela trepidação durante o trajeto. A situação evidenciou a gravidade do evento climático, que alterou completamente a rotina dos aeroportos paulistas.
Enquanto as operações aéreas sofriam impacto, os efeitos da ventania também se multiplicavam pela capital. As rajadas intensas provocaram a queda de diversas árvores, interromperam o tráfego em vias importantes e atingiram veículos estacionados. Equipes municipais e do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas em diferentes regiões para liberar ruas e remover troncos e galhos que bloqueavam a passagem.
O fornecimento de energia elétrica também foi severamente afetado. Mais de dois milhões de unidades consumidoras ficaram sem luz devido a danos provocados pelas rajadas de vento na rede elétrica. A interrupção atingiu residências, estabelecimentos comerciais e unidades de saúde. Clínicas e hospitais precisaram reorganizar procedimentos e cancelar consultas, já que muitos equipamentos e sistemas ficaram temporariamente indisponíveis.
O impacto sobre o transporte aéreo prolongou atrasos e cancelamentos ao longo do dia. Companhias aéreas tiveram de remanejar voos, ajustar conexões e atender passageiros que aguardavam atualizações sobre horários. As filas em Congonhas e Guarulhos cresceram, com usuários buscando informações sobre remarcações e alternativas de deslocamento, enquanto Viracopos concentrava pousos não previstos.
A combinação de ventos fortes, queda de árvores, interrupções de energia e transtornos nos aeroportos transformou a quarta-feira em um dia de instabilidade generalizada em São Paulo. Equipes de manutenção continuaram trabalhando durante a noite para restabelecer a energia e desobstruir vias, enquanto especialistas monitoravam as condições climáticas para evitar novos impactos nas operações aéreas.
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