O projeto foi apresentado por parlamentares do Morena, partido que controla o governo local, e tinha como objetivo transformar o InfoCDMX em um órgão descentralizado vinculado à Controladoria-Geral da Cidade do México. Na prática, a medida reduziria a autonomia do instituto, responsável por garantir o acesso da população a informações públicas e pela proteção de dados pessoais. A proposta foi recebida com forte resistência por partidos de oposição, especialmente o Partido da Ação Nacional (PAN).
Logo após o início do debate, deputados do PAN decidiram ocupar a tribuna como forma de protesto. A ação foi justificada pelo partido como uma tentativa de impedir o avanço do projeto, considerado um retrocesso institucional e uma ameaça à transparência pública. Outros grupos de oposição também se somaram ao ato, elevando ainda mais a tensão no plenário.
A ocupação da tribuna provocou reação imediata de parlamentares do Morena, que tentaram retomar o controle da sessão. A partir desse momento, o ambiente se deteriorou rapidamente. Gritos, empurrões e agressões físicas passaram a ser registrados entre deputados dos dois lados. Imagens divulgadas pela imprensa local mostram parlamentares trocando empurrões e discutindo de forma exaltada, enquanto assessores e seguranças tentavam conter o conflito.
O clima de confusão inviabilizou a continuidade dos trabalhos. Diante do caos instalado no plenário, a presidência da sessão decidiu suspender os debates. A medida foi tomada para evitar que a situação se agravasse e colocasse em risco a integridade física dos parlamentares e servidores presentes no local.
Segundo veículos de comunicação mexicanos, após a suspensão, ficou definido que a sessão seria transferida para outro espaço, onde a discussão sobre o futuro do InfoCDMX poderia ser retomada em condições de maior controle e segurança. A mudança de local foi vista como uma tentativa de reduzir a pressão política e evitar novos confrontos diretos entre governo e oposição.
O episódio aprofundou a crise em torno da proposta apresentada pelo Morena. Para o PAN e outros partidos oposicionistas, a iniciativa representa um ataque direto a mecanismos de controle e fiscalização do poder público. Parlamentares contrários ao projeto afirmam que a dissolução do instituto enfraquece a democracia e compromete o direito da população à informação.
Já integrantes do partido governista defendem a mudança sob o argumento de reorganização administrativa e eficiência institucional. Segundo eles, a vinculação do InfoCDMX à Controladoria-Geral não comprometeria suas funções, mas permitiria melhor integração com outras áreas do governo local. Essa justificativa, no entanto, não convenceu a oposição.
A confusão no Congresso da Cidade do México expôs o nível de polarização política em torno do tema e evidenciou a dificuldade de diálogo entre as forças políticas. O episódio deve intensificar o embate nos próximos dias, com novas tentativas de votação cercadas por pressão política, protestos e atenção da sociedade civil e de organismos ligados à transparência pública.
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