Um alerta aos paraibanos: o corporativismo pode matar a nossa liberdade


Em meio aos gritantes desmandos de nossas autoridades, promovendo o tolhimento absurdo e inaceitável das liberdades básicas dos cidadãos ilibados, notamos uma indignação seletiva de lideranças que deveriam ser o baluarte da luta pelos nossos direitos fundamentais, brutalmente violados por toque de recolher e lockdown criminosos, inconstitucionais. A covardia ou senso de realidade cegueta de formadores de opinião de nosso estado se escancara em posturas tímidas, omissas, passivas e corporativistas.

A proibição da realização de cultos religiosos presenciais é uma medida própria de golpismo totalitário descarado, tendo em vista inclusive o artigo 5, inciso VI, da Constituição Federal (VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;), que apenas reflete entendimentos morais prévios sedimentados pela sociedade brasileira. No entanto, ignorar o fechamento do comércio, que cruelmente deixa à míngua multidões de trabalhadores e suas famílias, e o impedimento da circulação de pessoas por vias públicas, direito dos mais básicos, de ir e vir, é uma irresponsabilidade colossal que pode se virar contra os próprios irresponsáveis. Reprovar o fechamento das igrejas, mas ser a favor de medidas de controle social sob a pretensa desculpa de combater um vírus é uma transgressão obscena aos princípios bíblicos do julgamento moral proporcional (Mateus 7:3), da liberdade para a qual Cristo nos libertou (Gálatas 5:1), da função justa que Deus estabeleceu para o Estado, de punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem (1 Pedro 2:14), configurando também o pecado da omissão (Tiago 4:17). O que é estabelecido em Romanos 13, a respeito da sujeição às autoridades constituídas por Deus, serve exclusivamente para autoridades que cumprem a lei dos homens e não transgridem as leis de Deus, inclusive por meio da tirania, condenada do Antigo ao Novo Testamento.

Como já deixei claro em artigo anterior, os resultados do lockdown e suas variantes não deveriam sequer ser discutidos diante da violação pornográfica aos direitos fundamentais do povo, mas, ainda assim, é preciso deixar claro que até mesmo a horrenda justificativa para atentar contra as liberdades básicas não possui nenhuma evidência de que reduz as contaminações e mortes pela doença, tendo, ao contrário, indícios de efeito inverso. Os entusiastas desse totalitarismo pretensamente monopolista de virtudes também não cumprem o pressuposto filosófico básico do ônus da prova cabível a propositores de medidas antinaturais e de impacto coletivo. Um compilado de horrores ornamenta o duvidoso senso moral dos sepulcros caiados da Igreja de Cristo.

Requerer "isonomia" em inconstitucionalidades, ao se pleitear tratamento despótico igual ou assemelhado para os diversos setores da sociedade, num famigerado intento classista e moralmente seletivo de promover um simulacro podre de justiça, passa por cima também das noções básicas do Direito. Ignorar os artigos 136 e 137 da Carta Magna brasileira, que pressupõem a declaração de estado de sítio pelo presidente da República e pelo Congresso Nacional para que intervenções radicais como obrigar pessoas a permanecer em determinado local e restringir a liberdade de reunião sejam realizadas, expõe desonestidade e falso moralismo.

A célebre e triste história que se passou no tempo da Alemanha nazista serve de alerta para todos nós: "Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." - Martin Niemöller, 1933. Os cristãos que fundaram a valorosa cultura ocidental de liberdade, lei e ordem, à base de muito de seu sangue derramado, não o fizeram para que os irmãos de fé jogassem tudo, gerações depois, no lixo da tirania consentida. O corporativismo imoral e pecaminoso pode matar nossa já tão combalida liberdade.


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