Marco histórico na redução da desigualdade de renda

Auxílio emergencial: pobreza e desigualdade têm menor patamar da ...

Um estudo do pesquisador Rogério Barbosa do Centro de Estudos da Metrópole, mostrou que o Brasil atingiu o menor índice de desigualdade de renda da história. O mesmo utilizou o Coeficiente de Gini que é utilizado para medir a desigualdade de renda, ele fornece um número entre 0 e 1; quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade e quanto mais próximo de 1, maior ela será. De acordo com o estudo do Rogério, o Gini do país passou de 0,543 para 0,493, redução de quase 10%, atingindo seu menor nível histórico. 

O pesquisador argumentou que tal redução foi ocasionada pelo auxílio emergencial implantado pelo Governo Federal projetado para fornecer proteção de emergência em face a crise sanitária que enfrentamos. O pesquisador ainda defendeu que “Foi uma queda (da desigualdade) sem precedentes. Se não houvesse o auxílio, todo o esforço redistributivo dos últimos 25 anos teria se perdido.”. Sem o auxílio emergencial o Gini aumentaria para 0,569, ou seja, aumentaria a desigualdade de renda. 

O auxílio inicialmente foi cogitado em três parcelas de R$200,00, o parlamento quis aumentar para três parcelas de R$500,00 e, por fim, foi decisão do Governo Federal conceder três parcelas de R$600,00 (valor bem superior ao Bolsa Família), que posteriormente foi aumentado para cinco parcelas. Esse número atingiu aproximadamente 65 milhões de pessoas com um investimento de mais de 200 bilhões de reais, gerando um impacto direto na redução da desigualdade de renda do país. 

Tal resultado é um marco histórico para o país, porém devemos ter cautela, porque estamos falando de um momento atípico, de crise sanitária e, além disso, de um auxílio com prazo de validade, onde o objetivo não é eliminar a desigualdade estrutural, de forma duradoura, mas conter o impacto dos choques externos nas condições de vida.


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