Brasil: ditadura chinesa tenta tutelar política externa brasileira e recebe reprimenda do governo Bolsonaro


A embaixada chinesa no Brasil emitiu um comunicado extremamente inapropriado, esboçando julgamento sobre a política externa brasileira, como se fosse sua tutora, e tecendo comentários descabidos sobre declarações de um parlamentar brasileiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que, exercendo sua liberdade de opinião e autonomia política, afirmou o seguinte em sua conta no Twitter:

"1) BRASIL APOIA PROJETO DOS EUA PARA O 5G E SE AFASTA DE TECNOLOGIA DA CHINA

O governo @JairBolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo @realDonaldTrump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China.

2)O programa ao qual o Brasil aderiu pretende proteger seus participantes de invasões e violações às informações particulares de cidadãos e empresas

Isso ocorre com repúdio a entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China".

O representante da ditadura chinesa no Brasil afirmou, de forma ultrajante, o seguinte sobre a política externa brasileira com outra nação:

"Tais declarações infundadas não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Rel. Ext. da Câmara dos Deputados. Prestam-se a seguir os ditames dos EUA no uso abusivo do conceito de segurança nacional para caluniar a China e cercear as atividades de empresas chinesas. Isso é totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento. A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos".

E afirmou o seguinte sobre a fala do deputado, como se este fosse um porta-voz do governo federal brasileiro, finalizando com uma ameaça ao Brasil:

"Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil".

O ministério das Relações Exteriores do Brasil, chefiado por Ernesto Araújo, emitiu uma nota à altura sobre isso, inclusive deixando claro que uma opinião idependente de um deputado federal autônomo não representa um pronunciamento oficial do governo federal. Veja trecho:

"Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China através das redes sociais. Os canais diplomáticos estão abertos e devem ser utilizados. O tratamento de temas de interesse comum por parte de agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil através das redes sociais não é construtivo, cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China [...] O tom e conteúdo ofensivo e desrespeitoso da referida ‘Declaração’ prejudica a imagem da China junto à opinião pública brasileira.".


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