As armadilhas de movimentos sindicais na liberdade do trabalhador


Suborno e corrupção são sintomas da doença que assola o movimento trabalhista, não sua causa. A causa é o enorme poder econômico e político agora concentrado nas mãos dos dirigentes sindicais. 

Tal poder prejudica a economia do país ao impor termos na legislação que incentivam a ineficiência, a produção mais baixa e preços altos, para os contratos dos empregadores, caminhando para o que resulta em um padrão de vida mais baixo para o povo brasileiro. Ele corrompe a vida política da nação ao exercer suas influências execráveis na seleção de vários domínios da sociedade. 

O homem massa, ou seja, o homem médio em sua vida conformada, não percebe que isso compromete gravemente a liberdade de milhões de trabalhadores individuais que só podem registrar uma dissidência contra a prática dos dirigentes sindicais sob o risco de perder seus empregos. 

Todos nós já ouvimos a acusação de que criticar assim uma CLT, nos termos atuais, com essas narrativas, é ser antitrabalhista. Esse é um argumento que atende aos interesses dos dirigentes sindicais corruptos, mas geralmente não se ajusta aos fatos. 

O conservador em sua essência defende a liberdade do ser humano na livre iniciativa, na economia de mercado; o livre comércio, por ser o meio mais fácil para obtenção de prosperidade econômica para o indivíduo; sobretudo defende o belo e a verdade, que desde Aristóteles, passando por São Tomás de Aquino até Roger Scruton, tem muito a nos ensinar, investigando os males do homem revolucionário em pele de cordeiro que defende falsas liberdades, em meias verdades e velhas mentiras. 

A real função dos sindicatos, que é a negociação entre empregados e empregadores – boa em sua real perspectiva – é pervertida no momento em que um sindicato reivindica o direito de representar empregados que não desejam representação, ou realiza atividades que não têm nada a ver com termos de emprego (por exemplo, atividades políticas), ou tenta lidar com uma indústria como um todo em vez de com empregadores individuais. 

Essa gigantesca concentração de poder nas mãos de alguns homens é, repito, uma grave ameaça à estabilidade econômica da nação e aos processos políticos dela. Mais importante: tirou do assalariado individual uma grande parte de sua liberdade. 

Não falo para abolir os sindicatos ou privá-los dos ganhos merecidos, mas para restabelecer o equilíbrio – para restaurar os sindicatos ao seu papel adequado em uma sociedade livre. 

Os sindicatos desempenham sua função natural quando três condições são observadas: a associação com o sindicato é voluntária; o sindicato limita suas atividades à negociação coletiva; e a negociação é conduzida com o empregador dos trabalhadores envolvidos e não, por exemplo, um sindicato nacional de um setor específico influenciando em uma negociação que interfira em outra empresa do mesmo setor no país, porém de outra região, gerando incongruências das mais diversas realidades econômicas e obrigando o empregador a elevar os custos da indústria, que elevará os preços dos produtos, dificultando capacidade de competição e aniquilando a regulação natural de oferta e demanda do lugar, que caminhará no sentido do desemprego e de um ambiente inóspito para maior livre iniciativa.


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