A deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, revelou que tem sido alvo de ameaças constantes por e-mail e redes sociais. As ameaças, que se intensificaram nas últimas semanas, estariam relacionadas às pautas polêmicas que a deputada tem colocado para votação na comissão, que conta com uma maioria de deputados alinhados à oposição e ao Centrão. Em resposta à situação, Caroline solicitou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma escolta armada para garantir sua segurança. A solicitação foi feita na segunda-feira (11), mas até o momento não houve uma resposta oficial sobre o pedido. A deputada, que ocupa uma posição de destaque na oposição, tem priorizado pautas conservadoras desde que assumiu a presidência da CCJ em março deste ano, o que tem gerado crescente polarização no ambiente político.
Confira detalhes no vídeo:
Entre as principais propostas que Caroline de Toni tem defendido, destaca-se o pacote de medidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que inclui um projeto que visa restringir o poder da Corte. A atuação da deputada, conhecida por seu alinhamento à direita, tem gerado forte resistência, especialmente de setores progressistas e de organizações da sociedade civil. Um dos temas mais controversos em debate na Comissão de Constituição e Justiça é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa proibir o aborto legal no Brasil. A PEC, que está sendo cogitada para ser votada na sessão da próxima terça-feira (19), tem como objetivo alterar o artigo 5º da Constituição para garantir que o direito à vida seja inviolável desde a concepção, contrariando a legislação atual que permite o aborto em casos específicos, como em situações de anencefalia do feto, risco à vida da gestante ou em caso de estupro.
O resgate da PEC que propõe a proibição total do aborto é uma estratégia clara da oposição para retomar a agenda antiaborto no Congresso. O projeto, que foi originalmente formulado pelo ex-deputado Eduardo Cunha, enfrenta resistência considerável, especialmente após o adiamento do debate por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira. Lira havia prometido criar um grupo de trabalho para discutir a questão ainda no primeiro semestre de 2024, mas até o momento essa medida não foi implementada. A proposta de Caroline de Toni, ao colocar novamente a PEC na pauta, reflete uma tentativa de acelerar a votação do tema, diante da demora na tramitação de outros projetos de lei sobre o aborto, como o PL que proíbe a interrupção da gestação após a 22ª semana, uma proposta que também tem gerado grandes discussões e divisões dentro da Câmara. Enquanto isso, as ameaças e a crescente pressão sobre a deputada mostram o clima tenso que cerca essas questões, que continuam a dividir profundamente a política brasileira.
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A nobre deputada deve entender que a melhor defesa é o ataque. Descubra quem fez a ameaça e retribua.
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