Em 5 de dezembro de 2024, um diálogo entre os ministros Luiz Fux e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante uma sessão, gerou grande repercussão nas redes sociais. O plenário estava discutindo a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia, as "big techs", em relação ao conteúdo postado por seus usuários, com foco na propagação de notícias falsas. Fux fez uma afirmação polêmica ao destacar que a inteligência artificial (IA) seria o "protagonista" principal nesse debate sobre desinformação. Para o ministro, a culpa pela disseminação de fake news deveria ser atribuída à IA e aos "robôs" responsáveis pelas ações nas plataformas digitais, levantando questões sobre o impacto da tecnologia na liberdade de expressão e na circulação de informações.
Dias Toffoli seguiu a linha de pensamento de Fux, mas adotou uma abordagem mais filosófica. Ele falou sobre a “mão invisível” da inteligência artificial, sugerindo que a IA influencia de forma significativa, embora de maneira sutil, o conteúdo que circula nas redes sociais. No entanto, a fala de Toffoli tomou um rumo mais inusitado quando ele tentou ilustrar seu ponto com uma analogia às ferrovias. O ministro comparou a fiscalização do conteúdo nas plataformas digitais com a tarefa desafiadora de monitorar cada trecho de trilho de uma ferrovia, afirmando que não seria viável ter um vigia em cada metro de trilho, dado os ruídos e atividades constantes durante uma viagem de trem. A analogia causou certa confusão, e muitos não conseguiram compreender claramente a relação entre as ferrovias e a responsabilidade das big techs.
Toffoli também fez uma referência à música popular brasileira, citando os músicos Roberto Brant e Milton Nascimento, para ilustrar a complexidade da questão em debate. Ele mencionou como as ferrovias de Minas Gerais foram celebradas nas músicas de Brant e nas composições de Nascimento, surpreendendo a audiência ao trazer um contexto cultural para a discussão. A comparação levantou um debate sobre o uso de metáforas e analogias para explicar temas tão complexos como a regulação das plataformas digitais. A controvérsia sobre o papel das big techs na disseminação de desinformação e a proteção da liberdade de expressão continua sendo uma questão sensível no Brasil, e as declarações dos ministros Fux e Toffoli apenas ampliaram a polarização sobre o tema, gerando tanto apoio quanto críticas nas redes sociais e entre especialistas.
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