VÍDEO: SENADOR EXIBE ÁUDIO DE BARROSO NO SENADO

O senador Eduardo Girão gerou grande repercussão no plenário ao divulgar um áudio do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante seu discurso. Visivelmente irritado, Girão questionou o papel do STF nas questões políticas do país, acusando a corte de ultrapassar os limites da sua atuação constitucional. Com um tom de revolta, o senador afirmou que o Supremo tem invadido a competência dos outros poderes e legislado de forma inadequada. “Estão zombando da gente. Eles legislam o tempo todo, invadem competências, censuram”, disse Girão, expressando sua preocupação com a crescente ingerência do Judiciário nas decisões do Executivo e do Legislativo. Sua crítica foi direcionada ao que ele vê como uma ameaça à autonomia das outras esferas do governo.

Durante seu pronunciamento, Girão também criticou uma recente intervenção de Barroso nos assuntos administrativos do governo de São Paulo. O senador acusou o ministro de se comportar de maneira política, em vez de manter a imparcialidade esperada de um membro do Judiciário. Girão foi direto ao afirmar que Barroso deveria "tirar a toga e disputar uma eleição" caso tivesse interesse em se envolver na política. O senador também afirmou que o STF não deve se tornar um palco para “políticos frustrados” e pediu que o respeito ao Brasil e aos brasileiros fosse mantido. Ele enfatizou que o Supremo não deve se intrometer em questões que não lhe competem, principalmente no que diz respeito à autonomia de governadores e administrações estaduais.

O senador intensificou suas críticas ao STF ao apontar o que considerou um abuso de poder por parte da corte. Girão afirmou que, em nome da autoridade judicial, Barroso estava se envolvendo até em questões operacionais detalhadas, como a escolha do tipo de equipamento a ser utilizado pelas forças de segurança de São Paulo. "Ele vai lá e define até que tipo de câmera tem que ser. Isso é um absurdo!", exclamou o senador. Girão conclamou seus colegas no Senado e a população a se oporem ao que ele classificou como uma tentativa do Judiciário de controlar excessivamente os outros poderes. Sua crítica reflete uma crescente preocupação com a atuação do STF e com a erosão da separação entre os poderes no Brasil.

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