O Ministério Público de São Paulo iniciou uma ação judicial que visa alterar a natureza da Fundação João Paulo II (FJPII), uma instituição católica vinculada à Comunidade Canção Nova. A iniciativa do MP propõe que a fundação deixe de atuar como uma entidade religiosa, buscando a laicização da instituição, o que provocou reações intensas de membros e apoiadores da Canção Nova.
Confira detalhes no vídeo:
A FJPII, criada pelo Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, sempre foi uma organização de cunho religioso e evangelizador. A Comunidade, em um comunicado oficial, expressou preocupação e indignação com a ação do MP, afirmando que a intervenção do Ministério Público interferiria diretamente na gestão da fundação e no legado espiritual deixado por Abib. A fundação sempre foi conduzida por membros da Canção Nova, e a tentativa de modificar essa estrutura, segundo o comunicado, representaria uma afronta à missão religiosa e à autonomia da comunidade católica.
A Comunidade Canção Nova destacou a importância da Fundação João Paulo II como um braço evangelizador e reafirmou que a FJPII sempre foi um instrumento para levar a palavra de Deus aos fiéis. Segundo a nota, a proposta do Ministério Público de transformar a fundação em uma entidade voltada exclusivamente para políticas públicas ignora o propósito espiritual e religioso da instituição, como desejado por seu fundador.
Além disso, a Comunidade alertou para o impacto que uma possível retirada da gestão da Canção Nova teria sobre o funcionamento da fundação, que seria retirada das mãos de membros consagrados, comprometidos com a missão religiosa. Para os fiéis que têm contribuído financeiramente e com orações para o projeto, essa mudança significaria a perda de um espaço dedicado à espiritualidade e à evangelização, algo que a Comunidade não aceita.
O caso gerou um amplo apoio à Comunidade Canção Nova de diversos representantes políticos e religiosos. O professor João Carlos, em um pronunciamento, fez um paralelo com o que teria acontecido na Nicarágua, onde movimentos semelhantes resultaram na perseguição a canais de TV religiosos. A TV Canção Nova, de acordo com ele, poderia ser forçada a mudar seu conteúdo, que é 100% voltado à fé católica, para algo mais secular e sem conexão com a religião.
Vários políticos também se manifestaram publicamente. O deputado Nikolas Ferreira expressou preocupação com a ação judicial, enfatizando seu apoio à missão evangelizadora da Comunidade Canção Nova. A deputada Chris Tonietto considerou a ação "inadmissível", criticando a decisão do Ministério Público, e ressaltou que a instituição deveria ser mais rigorosa no combate a crimes e na fiscalização do uso de recursos públicos. Por outro lado, o deputado estadual Lucas Polese criticou o Ministério Público de São Paulo, sugerindo que a instituição estava mais focada em perseguir a Canção Nova do que em resolver questões de maior relevância para a sociedade.
A situação criou um cenário de incerteza sobre o futuro da Fundação João Paulo II e da Comunidade Canção Nova, que agora se vêem em uma luta legal para garantir sua liberdade de ação religiosa e a preservação de seu legado. A disputa não só envolve questões jurídicas, mas também a defesa de valores espirituais e da missão de evangelização que a comunidade exerce há décadas no Brasil. O desfecho dessa ação promete ter impactos significativos para a relação entre o Estado e as organizações religiosas no país.
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