BRASIL: IBGE MENTE SOBRE PREÇOS DOS ALIMENTOS, DIZ REVISTA


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal indicador da inflação no Brasil, registrou uma variação de apenas 0,16% em janeiro de 2025. Esse resultado representa uma redução de 0,36 pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é o mais baixo para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994.

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Apesar dessa queda no índice geral, o número acumulado dos últimos 12 meses mostra uma alta de 4,83%, o que ainda está acima da meta estabelecida pelo Banco Central. A desaceleração em janeiro foi impactada por uma série de fatores, entre eles a queda nas tarifas de energia elétrica, impulsionada por um período de chuvas intensas que beneficiou a produção de energia hidrelétrica no país. Com isso, a habitação registrou uma queda de 14,2%, contribuindo para o alívio nos gastos das famílias.

Entretanto, a inflação de alimentos continua a ser um dos maiores desafios para o bolso do brasileiro. A alta nos preços dos alimentos foi um dos principais vilões do mês. O preço dos ovos de galinha, por exemplo, subiu até 40% em diversas regiões, refletindo um aumento nos custos de produção e repasse para os consumidores. A carne, especialmente a picanha, também registrou um aumento de 4%, enquanto a abobrinha teve o maior aumento entre os alimentos, com uma elevação de 43%.

A inflação de alimentos subiu 0,96%, enquanto o setor de transporte, que inclui o preço da gasolina, teve uma alta de 1,3%. A combinação de aumentos nos custos de alimentos e combustíveis gera uma pressão sobre os orçamentos das famílias, que já enfrentam desafios com o aumento dos preços.

Apesar do alívio temporário nas contas de energia elétrica, causado pelas chuvas e pela bandeira tarifária mais baixa, o cenário para os próximos meses preocupa economistas. A expectativa é de que, devido ao aumento do gasto público, a inflação possa voltar a subir a partir de junho. A alta nos preços dos alimentos, que deve continuar ao longo de 2025, é outro fator que mantém as projeções de inflação elevadas.

Além disso, o mercado está atento às flutuações nos preços do petróleo, especialmente diante da instabilidade no Oriente Médio. Se o preço do petróleo subir, a gasolina pode ficar ainda mais cara, impactando diretamente no custo de vida da população. Esse cenário sugere que a inflação poderá voltar a ser mais salgada nos próximos meses, prejudicando o poder de compra das famílias.

Portanto, apesar do resultado positivo de janeiro, o alívio momentâneo pode ser breve. O aumento contínuo dos preços de alimentos e combustíveis e o possível impacto do cenário externo colocam em xeque a recuperação econômica, exigindo cautela para os próximos meses. As expectativas para 2025 indicam que os brasileiros precisarão se preparar para um ano de inflação ainda pressionada, especialmente nos itens essenciais para o cotidiano.

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