VÍDEO: O QUE O JUDICIÁRIO ALEGA PARA TORNAR MARÇAL INELEGÍVEL


A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que o empresário e influenciador digital Pablo Marçal ficará inelegível pelos próximos oito anos. A decisão se baseia em acusações de abuso de poder político e econômico durante sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2024. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital, considerou que as práticas adotadas por Marçal comprometeram a igualdade de condições entre os candidatos.

A ação foi movida por coligações adversárias, incluindo a do PSOL, liderada por Guilherme Boulos, e a do PSB. As denúncias apontam que Marçal utilizou sua influência e estrutura financeira para obter vantagens na disputa. A principal irregularidade apontada foi a venda de apoio político, com a oferta de gravações de vídeos de apoio a candidatos a vereador mediante doações de R$ 5 mil via PIX para sua campanha. A Justiça entendeu que essa prática feriu a legislação eleitoral ao condicionar benefícios políticos a contribuições financeiras.

O abuso de poder econômico é considerado uma infração grave, pois compromete a equidade no processo eleitoral. O uso indevido de recursos pode favorecer candidatos com maior capacidade financeira, prejudicando a concorrência justa entre os postulantes ao cargo. No caso de Marçal, a Justiça avaliou que sua estratégia de arrecadação afetou diretamente a lisura da eleição municipal.

Embora tenha sido condenado à inelegibilidade, Marçal ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão. O caso pode ser reavaliado por instâncias superiores, como o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a sentença seja mantida, ele ficará impedido de disputar qualquer cargo eletivo até 2032.

O episódio levanta um debate sobre o impacto das novas formas de campanha política, especialmente com o uso das redes sociais e o financiamento por doações diretas. A influência digital tem desempenhado um papel cada vez mais relevante nas eleições, e decisões como essa reforçam a necessidade de fiscalização sobre a origem e o uso dos recursos financeiros durante as campanhas.


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