BRASIL: INTEGRANTES DO GOVERNO LULA CONFESSAM MEDO DE MANIFESTAÇÃO MARCADA PARA 16/03


O debate sobre a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro tem ganhado força no Congresso, com o apoio crescente à medida entre os parlamentares. O ato marcado para o próximo domingo, 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro, tem como foco a defesa da anistia, atraindo atenção de figuras políticas e causando repercussões internas. O evento busca pressionar o Congresso, especialmente em um momento em que a proposta já conta com uma leve maioria de apoio, conforme levantamento realizado pelo Instituto Ranking dos Políticos.

Confira detalhes no vídeo:

A pesquisa, que entrevistou 110 deputados, revelou que 50% dos parlamentares apoiam a ideia de conceder anistia aos condenados pelos tumultos em Brasília, enquanto 41% se posicionaram contra a medida. No Senado, a proposta também encontrou eco, com 46% dos senadores favoráveis e 38% contrários à anistia. Esses números indicam que, se a proposta continuar ganhando apoio, ela pode ser rapidamente levada à votação no Congresso.

Em paralelo ao cenário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para convocar seus apoiadores para o ato, reforçando a defesa pela anistia dos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. A manifestação, marcada para o próximo domingo, está gerando uma mobilização significativa e pode impactar diretamente o andamento da proposta no Congresso.

Nos bastidores, membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva demonstram preocupação com o evento. A preocupação central é que o ato atraia um público considerável, superando as tradicionais manifestações de Carnaval no Rio de Janeiro e ofuscando as ações de protesto contra a anistia, organizadas por artistas como Anitta e Daniela Mercury, que são alinhados ao governo.

O temor no Palácio do Planalto é que a manifestação fortaleça a insatisfação popular com o governo, especialmente no que se refere à escalada autoritária, e que o Brasil se veja mais uma vez exposto na mídia internacional como uma “democracia falha”. O governo Lula está particularmente atento à repercussão do evento, que pode influenciar a percepção pública sobre o atual momento político do país.

Além disso, no Congresso, a questão da anistia também envolve cálculos políticos. A medida vem sendo discutida principalmente desde a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados, o que aumentou a visibilidade da proposta. Embora o governo ainda não tenha uma maioria consolidada na Câmara, o apoio de parlamentares como o PL e o Centrão tem sido fundamental para a viabilidade do projeto.

Especialistas apontam que, embora a proposta de anistia tenha apoio expressivo na Câmara dos Deputados, a situação no Senado é mais delicada, com maior resistência à medida. No entanto, conforme se aproxima o processo eleitoral, os parlamentares tendem a ouvir mais atentamente as ruas e as manifestações populares, e a expectativa é que a mobilização de domingo se traduza em um recado claro para o Congresso Nacional.

A votação da anistia, que não exige um quórum qualificado, tem grandes chances de ser iniciada na Câmara, com o apoio crescente de parlamentares. A pressão das ruas e dos movimentos sociais pode acelerar o processo e determinar o futuro político dessa proposta. No entanto, o cenário no Senado continua sendo um desafio, principalmente pela resistência de alguns senadores que não querem arriscar sua popularidade diante de um eleitorado ainda polarizado.

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