BRASIL: SENADORES GIRÃO E KAJURU BATEM BOCA NO CONGRESSO SOBRE MANIFESTAÇÃO PELA ANISTIA


Durante uma acalorada sessão no plenário do Senado, os senadores Eduardo Girão e Jorge Kajuru se envolveram em um confronto verbal sobre a censura e a liberdade de expressão nas redes sociais. A discussão começou quando Kajuru, em seu discurso, defendeu a ideia de que pessoas que lutam pela liberdade de expressão, incluindo muitos bolsonaristas, deveriam também apoiar punições contra o que ele classificou como "fake news", citando um episódio envolvendo o senador Magno Malta.

Confira detalhes no vídeo:

Kajuru acusou seus opositores de minimizar o impacto de uma manipulação de imagens que o envolvia, com a criação de uma falsa narrativa de que Malta estava embriagado durante uma manifestação. Segundo o senador, a divulgação de um vídeo editado, que mostrava Malta em um caminhão em um estado aparentemente alterado, era um claro exemplo de uma fake news e merecia punição. Ele também criticou pessoas que defendem a liberdade de expressão nas redes sociais, mas se omitem diante de desinformação que prejudica figuras políticas.

Além disso, Kajuru se dirigiu ao deputado Gustavo Gayer, questionando suas declarações sobre o presidente Lula, que comentou sobre a beleza de uma ministra em sua equipe. Para Kajuru, Gayer não se desculpou de forma adequada, e ele insistiu na necessidade de punições severas para o parlamentar, acusando-o de cometer crimes graves. O senador também comparou o caso de Gayer com o tratamento que outros políticos receberam por falas polêmicas, sugerindo que o sistema de justiça deveria agir de forma mais rigorosa.

Em resposta, o senador Eduardo Girão reagiu criticamente às palavras de Kajuru, defendendo a ideia de que o debate político deve ser livre, com espaço para ideias divergentes, desde que feitas de maneira respeitosa. Girão reconheceu que Gayer poderia ter se expressado de forma mais cuidadosa, mas questionou a severidade das críticas de Kajuru, especialmente no que se referia ao uso da palavra "assassino" para descrever o deputado.

O embate ficou ainda mais tenso quando Girão lembrou Kajuru de que, no Brasil, existem leis contra calúnia e difamação, e que, se alguém se sentisse ofendido por uma fala, o caminho adequado seria recorrer ao sistema judiciário. Girão também abordou um ponto técnico relacionado à manifestação de 16 de janeiro, em que Kajuru havia contestado os números de participantes. O senador Girão esclareceu que os 400 mil mencionados em um relatório da Polícia Militar não eram uma invenção, mas sim o dado oficial, e que o real problema estava em outra informação divulgada por um membro de uma instituição respeitada, que diminuiu o número de manifestantes para 18 mil.

Apesar das trocas agressivas, Girão reafirmou que quem cometeu erros deve ser responsabilizado, mas alertou que as soluções não deveriam passar pela censura das redes sociais ou pelo controle da mídia. Para ele, é essencial que se preserve o espaço para a liberdade de expressão, mesmo que, em alguns casos, isso implique em lidar com falas polêmicas ou até mesmo desinformação.

O bate-boca no Senado destacou as tensões políticas em torno da censura, da liberdade de expressão e das responsabilidades de parlamentares, com ambos os senadores defendendo suas visões sobre a melhor forma de lidar com as fake news e com as manifestações públicas no país.

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