VÍDEO: BOLSONARO APONTA “SEGUNDAS INTENÇÕES” EM TENTATIVA DE APREENDER PASSAPORTE DE EDUARDO


O ex-presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que enviou à Procuradoria-Geral da República um pedido feito por parlamentares de extrema-esquerda para a apreensão do passaporte de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. Bolsonaro afirmou que essa medida teria o objetivo de prejudicar a atuação do parlamentar, especialmente em sua possível presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

De acordo com o ex-presidente, o motivo por trás da apreensão do passaporte seria impedir que Eduardo Bolsonaro desempenhasse seu papel de destaque na Comissão, que discutirá diversos acordos internacionais com a China, envolvendo áreas como empréstimos em moeda chinesa, tecnologia nuclear e parcerias em telecomunicações e mineração. Bolsonaro sugeriu que a medida buscaria constranger seu filho e limitar sua capacidade de influenciar o debate sobre temas de soberania e questões externas.

O deputado Eduardo Bolsonaro recebeu apoio de parlamentares e aliados tanto no Brasil quanto no exterior. Vários políticos se manifestaram contra a decisão, considerando-a uma tentativa de intimidação política. O senador Eduardo Girão, por exemplo, criticou a ação, dizendo que em um país com um sistema judicial imparcial, tal pedido teria sido rapidamente arquivado. Ele também lamentou o fato de que, em um regime democrático, os parlamentares não deveriam ser silenciados por suas ações.

Outros deputados, como Nikolas Ferreira e Sóstenes Cavalcante, se uniram à defesa de Eduardo Bolsonaro, argumentando que a função dos parlamentares é justamente expor e denunciar atos que considerem prejudiciais ao Brasil. Para Ferreira, a simples ideia de apreender o passaporte de um deputado é um reflexo de um regime autoritário e uma tentativa de silenciar aqueles que discordam das decisões do STF. Cavalcante reforçou que a Câmara dos Deputados deve ser soberana e não pode aceitar interferências externas no exercício de suas funções.

O advogado Paulo Farias, que defende presos políticos envolvidos em casos relacionados ao ministro Alexandre de Moraes, também se colocou ao lado de Eduardo Bolsonaro. Farias chamou a medida de perseguição e comparou o caso com ações de regimes autoritários. Ele manifestou seu total apoio ao deputado, acreditando que ele enfrentava uma tentativa de intimidação estatal.

O episódio gerou um intenso debate sobre o equilíbrio de poder entre os diferentes ramos do governo. Parlamentares que se solidarizaram com Eduardo Bolsonaro destacam que o papel do Congresso é fundamental para o funcionamento da democracia, e qualquer tentativa de cercear suas prerrogativas é vista como uma ameaça à liberdade de expressão e à autonomia do legislativo. A mobilização em defesa do deputado também reflete um crescente descontentamento com a atuação do STF e suas interferências em questões políticas.

A situação ainda segue sendo acompanhada de perto, com reações tanto a favor quanto contra a decisão de Moraes. Para muitos, o caso transcende a simples apreensão de um passaporte e simboliza um confronto entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no Brasil, com sérias implicações para as liberdades políticas e a democracia no país.


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