BRASIL: HUGO MOTTA TOMA MEDIDA DRÁSTICA CONTRA LÍDER DO PARTIDO DE BOLSONARO



A Câmara dos Deputados enfrentou um dia de forte tensão depois que parlamentares alinhados ao bolsonarismo decidiram ocupar o plenário. A ação foi organizada como resposta à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, que reacendeu a mobilização de seus apoiadores dentro do Congresso. O objetivo do grupo era pressionar a direção da Casa a acelerar votações de interesse deles, especialmente pautas que tratam de anistia e outras medidas que beneficiariam aliados investigados.
Confira detalhes no vídeo:


A ocupação interrompeu o funcionamento normal da Câmara e gerou um impasse que durou horas. Diante do cenário, o presidente da Casa, Hugo Motta, resolveu agir de forma rígida. Ele afirmou que não permitiria que o Legislativo fosse travado por gestos de pressão e que a Mesa Diretora não poderia ser alvo de desrespeito. Com isso, tomou a decisão de encaminhar pedidos de afastamento contra os deputados envolvidos, uma medida considerada pesada por atingir diretamente o mandato dos parlamentares.

Foram enviados pedidos de punição para catorze deputados. As penalidades variam conforme o grau de participação, indo desde suspensão de atividades até censura por escrito. A Corregedoria avaliou que o grupo ultrapassou todos os limites aceitáveis ao impedir sessões, bloquear votações e tentar impor uma agenda política à força. Deputados conhecidos da ala bolsonarista, que incentivaram o movimento e ajudaram a manter o plenário ocupado, entraram na lista de alvos.

Com a pressão aumentada, os manifestantes se retiraram e a Câmara conseguiu reabrir o plenário, mesmo que apenas para uma sessão simbólica. A saída do grupo marcou o fim imediato da crise, mas deixou claro que o clima interno ficou abalado. O gesto de Motta sinalizou que a direção da Casa não pretende tolerar ações que desrespeitem o regimento ou tentem transformar o plenário em palco de confronto político.

A decisão também expôs o racha entre a liderança da Câmara e a bancada bolsonarista, que já vinha acumulando conflitos com a Mesa Diretora. O episódio pode ter efeitos duradouros, influenciando acordos, votações e alianças dentro do Legislativo. A punição aos envolvidos deve funcionar como aviso para qualquer outra tentativa semelhante.

O presidente da Câmara reforçou que a instituição não pode ser controlada por grupos que tentam impor sua vontade por meio da força ou da interrupção dos trabalhos. Segundo ele, permitir esse tipo de ação abriria espaço para um caos permanente, em que cada bancada usaria ocupações e atos de pressão para conseguir o que quer. Por isso, considerou necessário reagir de forma firme.

O episódio marcou um dos momentos mais tensos da atual legislatura e mostrou que a disputa interna não se limita às ideias, mas também à condução das regras que mantêm o funcionamento da Câmara. No fim, o recado foi direto: quem tentar travar a Casa para impor suas pautas enfrentará consequências.


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