BRASIL: BOLSONARO É OVACIONADO AO CHEGAR À PAULISTA EM ATO PELA ANISTIA


Neste domingo (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comandou um grande ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro de 2023. A manifestação, que teve início às 14h, reuniu apoiadores do ex-presidente, lideranças políticas de peso e milhares de manifestantes que ocuparam o centro da capital paulista com bandeiras, camisetas verde e amarelas e palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal.

Confira detalhes no vídeo:

A presença de figuras de destaque da direita brasileira reforçou o caráter estratégico do evento, que também foi lido por analistas como uma prévia das movimentações para as eleições presidenciais de 2026. Entre os nomes presentes estavam os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR), todos apontados como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto. A proximidade desses líderes com Bolsonaro indica uma tentativa de manter unida a base conservadora e garantir continuidade ao projeto político iniciado em 2018.

Também marcaram presença no trio elétrico o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que discursaram para uma multidão alinhada à pauta do ex-presidente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que havia se ausentado do último ato público realizado no Rio de Janeiro, desta vez compareceu e foi uma das figuras mais ovacionadas pelo público, consolidando seu papel como liderança influente dentro do núcleo bolsonarista.

A manifestação foi organizada e financiada pelo pastor evangélico Silas Malafaia, aliado histórico de Bolsonaro e figura de grande influência no meio religioso conservador. Malafaia teve papel central na articulação do evento, convocando fiéis, lideranças evangélicas e militantes da base bolsonarista em todo o país para participar do ato. A mobilização ganhou força nas redes sociais, onde vídeos, mensagens e convocações foram amplamente compartilhados por influenciadores e parlamentares ligados à direita.

A pauta central do protesto foi a defesa da anistia para os presos pelos atos de 8 de Janeiro, considerados terroristas pelo Supremo Tribunal Federal e por outros setores da sociedade. Os manifestantes, no entanto, argumentam que os condenados foram alvos de um processo de criminalização política e que as penas aplicadas são desproporcionais. O tom geral dos discursos foi de enfrentamento ao STF e de questionamento às decisões judiciais que atingem apoiadores do ex-presidente.

O evento também funcionou como uma demonstração de força de Jair Bolsonaro, que mesmo fora do poder e enfrentando investigações, continua exercendo grande influência sobre uma parcela significativa do eleitorado. O ato na Paulista mostrou que o ex-presidente e seus aliados seguem mobilizados e dispostos a manter viva a agenda política conservadora, mirando desde já as próximas disputas eleitorais e buscando consolidar um discurso de resistência contra o que chamam de perseguição política promovida por instituições do Judiciário.

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