BRASIL: GOVERNO LULA CONTRARIA INDÚSTRIA NACIONAL E PREPARA “REAÇÃO” A TRUMP


O governo brasileiro está analisando possíveis medidas de retaliação às tarifas impostas pelos Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump. Mesmo diante da resistência de parte significativa da indústria nacional, que teme prejuízos e perda de competitividade, o Palácio do Planalto considera que responder com ações equivalentes pode reforçar a posição do Brasil nas relações comerciais internacionais e sinalizar firmeza frente a decisões consideradas unilaterais por parte do governo norte-americano.

Confira detalhes no vídeo:

A discussão em torno da resposta brasileira ganhou força após a aplicação de novas tarifas por Washington sobre produtos de interesse da exportação nacional, em especial no setor do aço e do alumínio. Essas barreiras comerciais, justificadas pelo governo norte-americano como uma forma de proteger sua indústria interna, foram vistas por autoridades brasileiras como desproporcionais e prejudiciais à parceria histórica entre os dois países.

Dentro do governo, a avaliação é de que manter uma postura passiva poderia fragilizar a imagem do Brasil no cenário global, principalmente em um momento de redefinição das cadeias produtivas e dos fluxos comerciais internacionais. A retaliação, nesse contexto, seria uma forma de reafirmar a soberania nacional e demonstrar que o país está disposto a defender seus interesses diante de práticas comerciais consideradas injustas.

No entanto, a ideia de retaliar encontra resistência expressiva no setor produtivo brasileiro. Representantes da indústria temem que uma resposta dura acabe por acirrar as tensões entre os países e prejudique ainda mais as exportações nacionais, especialmente de produtos que dependem do mercado norte-americano. Há também receio de que uma escalada tarifária leve a represálias adicionais e aumente o custo de matérias-primas importadas, afetando negativamente a cadeia produtiva local.

Apesar desses temores, setores do governo defendem que a retaliação seja pensada de forma estratégica e proporcional, evitando prejudicar setores sensíveis da economia brasileira. Estuda-se, por exemplo, a aplicação de tarifas sobre produtos norte-americanos que tenham menor impacto na inflação e que possam ser substituídos por fornecedores de outros países. A ideia é causar efeito político e econômico sem comprometer o abastecimento interno.

O Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços têm conduzido estudos técnicos para embasar a possível adoção das medidas. O Brasil também avalia acionar instâncias multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para questionar a legalidade das tarifas norte-americanas. No entanto, fontes do governo indicam que, paralelamente à via diplomática, a retaliação direta continua sendo uma opção real.

A decisão final ainda não foi tomada, mas o debate já reflete a tensão crescente entre Brasília e Washington no campo comercial. O governo brasileiro busca encontrar um equilíbrio entre proteger seus interesses estratégicos e manter o diálogo aberto com seu principal parceiro comercial nas Américas. A forma como essa situação será conduzida poderá ter impactos duradouros na política externa brasileira e na configuração de suas relações comerciais futuras.

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