BRASIL: IVES GANDRA REVELA MANEIRA DE BLINDAR DO STF O PROJETO DA ANISTIA


O renomado jurista Ives Gandra, um dos maiores constitucionalistas do Brasil, gerou discussão ao afirmar que, se o Congresso Nacional aprovar a anistia para as vítimas dos eventos de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) não terá autoridade para impedir sua implementação. A declaração foi dada em resposta ao debate sobre a possibilidade de anistia para aqueles envolvidos nas manifestações que culminaram na invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília.

Confira detalhes no vídeo:

Gandra destacou que a Constituição Brasileira prevê que, uma vez que o Congresso consiga reunir o número necessário de assinaturas para a proposta, não há obstáculo constitucional para que a anistia seja aprovada. Ele ressaltou que, se essa medida for sancionada pelo Congresso, o STF não poderá se interpor, uma vez que a decisão cabe unicamente aos parlamentares, de acordo com as prerrogativas da Constituição.

O jurista também sugeriu que a aprovação da anistia poderia representar um passo importante para a pacificação nacional, ao proporcionar uma solução para os conflitos políticos gerados pelos acontecimentos de 8 de janeiro. Para ele, a medida ajudaria a restaurar a normalidade jurídica no país e contribuiria para a estabilização das instituições, o que, segundo ele, é fundamental para a manutenção da ordem democrática. Gandra ainda argumentou que a maior violação seria se essa anistia fosse barrada por uma decisão do próprio STF, órgão que deveria ser o guardião da Constituição e não atuar em contrariedade ao que está previsto nela.

Embora Gandra tenha reforçado sua confiança na qualidade dos ministros do Supremo, ele não descartou a possibilidade de que, em um contexto de alta polarização política, algum partido, como o PSOL ou o PT, possa recorrer ao STF para tentar invalidar a decisão do Congresso, caso a anistia seja aprovada. Para ele, o STF tem demonstrado uma tendência a agir de acordo com suas próprias interpretações políticas, desconsiderando por vezes a Constituição.

A defesa da anistia por Gandra foi também um comentário sobre a atual relação entre o STF e as decisões políticas no Brasil. Para ele, os tribunais têm ultrapassado os limites da sua competência, interferindo em matérias que, em sua visão, devem ser decididas pelo Legislativo. Gandra criticou o que considera ser uma distorção do papel do Supremo, afirmando que, em tempos de normalidade institucional, o STF deveria se restringir ao seu papel de interpretação da Constituição, e não de agir de forma mais ativa e direta em decisões políticas.

No entanto, o jurista alertou que, dada a conjuntura atual, não seria surpresa se o STF tentasse barrar a anistia, apesar de ela estar amparada pela Constituição. Ele explicou que, caso o processo passe pelo Congresso e seja aprovado, o Supremo não teria autoridade para reverter essa decisão, visto que a decisão sobre a anistia é prerrogativa do Legislativo. A questão, no entanto, permanece aberta e seguirá gerando debates sobre os limites da atuação do STF e a autonomia do Congresso Nacional.

Esse episódio reflete a crescente tensão entre os diferentes poderes no Brasil e a discussão sobre a separação entre as funções do Executivo, Legislativo e Judiciário.

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