Durante uma sessão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o senador Magno Malta abordou questões controversas relacionadas à aliança do governo Lula com o Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão, que contava com a presença do ministro Paulo Teixeira, viu o senador desafiar diretamente as alegações de “golpe” e as prisões políticas mencionadas por membros do governo, incluindo o ministro Alexandre de Moraes.
Confira detalhes no vídeo:
Malta criticou duramente as narrativas que foram levantadas pelo governo, apontando as contradições e a falta de provas substanciais. Em particular, o senador questionou a alegação de que a trama do suposto "golpe" teria sido confirmada pelas declarações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele argumentou que a delação premiada de Cid havia sido obtida sob coação, uma prática que, segundo Malta, enfraquece a validade da alegação e levanta questões sobre a integridade do processo. O vídeo que teria registrado a coação foi citado como evidência de que a acusação não deveria ser considerada legítima.
Além disso, o senador fez comparações entre as prisões políticas relacionadas aos eventos de 8 de janeiro e a falta de ação em relação a atos de vandalismo de grupos de esquerda. Ele lembrou que em diversas ocasiões, membros da esquerda haviam destruído patrimônio público sem sofrer as consequências que agora são impostas aos envolvidos nas manifestações do início deste ano. Para Malta, a aplicação da justiça parecia ser seletiva, com os vândalos de um espectro político sendo tratados com mais brandura do que aqueles envolvidos nas recentes prisões. Ele citou como exemplo o caso do general G. Dias, que era ministro no governo Lula e tinha a responsabilidade pela segurança do Palácio do Planalto, mas foi acusado de colaborar com os vândalos e, mesmo assim, não foi investigado ou punido.
O senador também criticou o tratamento desigual dispensado às manifestações, destacando que os atos realizados por vândalos da extrema-esquerda, como invasões e destruição de bens públicos, não eram caracterizados como “atos antidemocráticos”, enquanto as manifestações de 8 de janeiro foram. Malta questionou por que havia uma diferença tão grande no tratamento dado a essas manifestações, acusando o governo de uma abordagem seletiva em relação à justiça.
Por outro lado, o ministro Paulo Teixeira, ao responder, se limitou a repetir as narrativas que têm sido amplamente divulgadas pela imprensa tradicional, sem abordar diretamente as questões levantadas pelo senador. Ele alegou que outros incidentes envolvendo vandalismo e danos ao patrimônio público não poderiam ser usados como justificativa para as prisões de janeiro, uma explicação que não convenceu o senador, que considerou a resposta evasiva e sem substância.
Ao final da sessão, Magno Malta fez uma comparação histórica, lembrando que os verdadeiros terroristas que marcaram a história do Brasil, especialmente durante o período da ditadura, haviam sido anistiados e agora estavam gritando contra a anistia de pessoas que, segundo ele, seriam inocentes. Para Malta, a aliança entre o governo Lula e o STF representa uma distorção da justiça, e as ações do governo e do Supremo não apenas ferem a democracia, mas também criam um precedente perigoso para o futuro político do país.
O confronto no Senado ilustrou um dos muitos debates acirrados sobre o tratamento das manifestações políticas e o uso do poder judiciário em questões políticas no Brasil, com posições fortemente polarizadas entre o governo e seus opositores.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.