MUNDO: DITADURA DO IRÃ FAZ PRONUNCIAMENTO HOSTIL E REFORÇA TENSÃO COM EUA


O governo do Irã anunciou neste domingo (13) que continuará mantendo negociações indiretas com os Estados Unidos, com a mediação de Omã, e que o único tema abordado será o programa nuclear iraniano. A decisão reflete a posição do governo iraniano de manter um canal de diálogo, mesmo em meio às divergências com a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia expressado preferência por negociações diretas.

Confira detalhes no vídeo:

A escolha de Omã como intermediário não é uma surpresa, já que o país tem sido um facilitador de diálogos entre o Irã e o Ocidente nos últimos anos, inclusive durante as negociações que levaram ao acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto e Global (JCPOA). O governo iraniano tem insistido que o foco das conversações deve permanecer exclusivamente no programa nuclear, sem a inclusão de outros temas, como as políticas regionais ou questões relacionadas aos direitos humanos no Irã, que são frequentemente levantadas pelos Estados Unidos.

A decisão do Irã de manter uma abordagem indireta vem em oposição à postura de Donald Trump, que durante sua campanha presidencial e ao longo de seu mandato, se mostrou um crítico feroz do acordo nuclear de 2015, assinado durante a administração de Barack Obama. Trump retirou os Estados Unidos do pacto em 2018, alegando que o acordo não havia impedido o avanço nuclear do Irã e que o regime iraniano não estava cumprindo com outros compromissos, como o controle de atividades militares em países da região, como Síria e Iémen.

A saída dos EUA do acordo nuclear gerou uma série de tensões diplomáticas, com o Irã adotando uma postura mais agressiva, ampliando seu programa nuclear e desafiando as restrições impostas no pacto original. O Irã, por sua vez, afirmou que a responsabilidade pela deterioração das relações e pela escalada do conflito recai sobre os Estados Unidos, que, segundo Teerã, violaram o acordo ao abandonar a negociação multilateral.

Apesar das tensões, o governo iraniano sinalizou que está disposto a continuar o diálogo, embora mantenha a exigência de que os Estados Unidos voltem a cumprir com os compromissos do acordo de 2015, como a remoção das sanções econômicas impostas ao Irã. Para o Irã, a principal prioridade nas negociações é a remoção das sanções, que têm prejudicado gravemente sua economia, além da garantia de que o programa nuclear do país continue a ser conduzido dentro dos parâmetros acordados anteriormente.

Essa continuidade nas negociações indiretas reflete o desejo do Irã de preservar um canal de comunicação com os Estados Unidos, embora sem abrir mão de suas condições principais. Para os EUA, no entanto, as negociações indiretas podem representar um desafio, pois a administração de Donald Trump tem se mostrado resistente a acordos que envolvam a reabertura de discussões sobre o programa nuclear do Irã sem garantias claras de que o regime iraniano cumprirá seus compromissos.

A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional observando atentamente os próximos passos de ambas as partes. A mediação de Omã, que já desempenhou um papel crucial em acordos anteriores, poderá ser fundamental para facilitar um entendimento entre os dois países, embora as divergências sobre as condições de um possível novo acordo permaneçam um obstáculo significativo. O cenário permanece incerto, com a possibilidade de novas tensões à medida que as negociações prosseguem.

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