A Secretaria de Comunicação (SECOM) do governo Lula, comandada por Sidônio Palmeira desde janeiro, está lidando com dificuldades significativas para aumentar a presença digital do presidente. Apesar de um crescimento nas interações nas contas oficiais do governo, as redes sociais de Lula estão registrando um desempenho abaixo do esperado, o que tem gerado críticas sobre a eficácia da estratégia de comunicação adotada.
Segundo um relatório da consultoria Baites, feito a pedido do jornal O Globo, as postagens de Lula nas redes sociais tiveram uma queda de 10% nas interações, o que tem sido motivo de preocupação. Embora o governo tenha visto um aumento de 152% nas interações nas contas oficiais, esse crescimento ainda não é suficiente para alcançar figuras políticas da oposição, como o deputado Nicolas Ferreira, e fica muito aquém dos números obtidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que acumulou 90 milhões de interações no mesmo período.
Em comparação, o perfil digital de Lula obteve 26 milhões de interações nos primeiros três meses do ano, um número muito inferior ao de Bolsonaro, que continuou a dominar as redes sociais. A discrepância é vista como um reflexo das dificuldades do governo Lula em engajar o público nas plataformas digitais, especialmente considerando o sucesso de Bolsonaro nas redes sociais durante seu mandato.
Sidônio Palmeira, agora com cinco meses à frente da SECOM, tem enfrentado o desafio de reverter esse quadro, mas a missão parece cada vez mais difícil. A gestão digital de um presidente depende não apenas de estratégias de marketing, mas também da imagem pública e das ações do próprio líder. Nesse sentido, os problemas enfrentados pelo governo vão além da comunicação online, envolvendo também a forma como o presidente se comunica em discursos e em eventos públicos.
As atitudes e declarações de Lula, muitas vezes polêmicas e contraditórias, têm prejudicado sua imagem nas redes sociais. O presidente tem sido criticado por promessas não cumpridas e por uma comunicação que, muitas vezes, não soa clara nem consistente. Isso reflete diretamente nas interações nas redes, com reações negativas que dificultam a criação de uma narrativa positiva.
Além disso, outros episódios envolvendo o governo, como a viagem da primeira-dama ao Japão, sem uma agenda clara e com questionamentos sobre a justificativa econômica, também afetaram a percepção pública. A decisão de enviar a primeira-dama para uma viagem antes da oficial do presidente gerou críticas e contribuiu para um desgaste político que, por mais que se tente controlar, acaba afetando a imagem do governo.
Apesar da experiência de Sidônio Palmeira, ele tem encontrado grandes desafios na gestão da comunicação do governo. Embora o aumento nas interações das contas oficiais do governo seja uma indicação de algum sucesso, o desempenho do presidente nas redes sociais ainda é distante do impacto que figuras da oposição, como Bolsonaro, continuam a ter.
O trabalho de Sidônio na SECOM reflete as dificuldades enfrentadas pelo governo Lula para se comunicar de maneira eficaz com o público, especialmente em um cenário político e digital marcado pela polarização. O governo tem se esforçado para se estabelecer nas plataformas digitais, mas os resultados ainda deixam a desejar quando comparados ao impacto de outros líderes políticos, o que mantém a comunicação do governo sob constante vigilância e críticas.
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