BRASIL: GOVERNO LULA OMITE TRÊS NOMES DA COMITIVA AO VATICANO


Uma viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior voltou a levantar questionamentos sobre a transparência e o uso de recursos públicos. Durante o deslocamento até Roma, para o velório simbólico do Papa Francisco — um evento de grande repercussão internacional — a comitiva presidencial incluía nomes que não constavam na lista oficial divulgada pelo Palácio do Planalto.

Confira detalhes no vídeo:

De acordo com a documentação inicialmente divulgada em 24 de fevereiro, a delegação brasileira contava com 18 integrantes. No entanto, três pessoas participaram do voo presidencial sem terem sido mencionadas no registro oficial: a procuradora Rita Nolasco, companheira do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; a tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade; e o secretário especial Gilberto Carvalho, aliado de longa data do presidente Lula.

A omissão dos nomes só foi confirmada dias depois, após questionamentos de jornalistas. O governo reconheceu que os três também integraram a comitiva, mas não explicou os motivos pelos quais seus nomes foram excluídos da lista oficial, nem forneceu detalhes sobre quem arcou com os custos da viagem.

A situação provocou uma onda de críticas, especialmente nas redes sociais, por conta do possível descumprimento de normas que regulam o transporte oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). Pelas regras vigentes, todos os passageiros de voos oficiais devem constar em listas previamente registradas, que são conferidas pelo comandante responsável antes da decolagem. A omissão de nomes pode configurar irregularidade administrativa, e em casos mais graves, até mesmo crime de responsabilidade.

As imagens da viagem reforçaram a controvérsia: vídeos mostram a procuradora Rita Nolasco ao lado do ministro Barroso, concedendo entrevistas em solo italiano. A presença dela, que não ocupa cargo oficial no governo, gerou ainda mais dúvidas sobre os critérios de inclusão na comitiva presidencial.

O caso remete a episódios anteriores envolvendo o uso de voos da FAB por pessoas sem função pública definida. Críticos apontam que essa prática, embora antiga, tem se tornado recorrente e preocupa por fragilizar os mecanismos de controle e transparência na administração pública.

Além das dúvidas sobre a legalidade da participação dos nomes omitidos, cresce a cobrança por explicações sobre os custos dessas viagens. A justificativa recorrente de que os acompanhantes arcam com suas próprias despesas não é sempre acompanhada de comprovações. Em um cenário de contenção fiscal e prioridades urgentes no país, o uso de aviões oficiais para fins pessoais ou políticos pode ser mal recebido pela opinião pública.

Apesar da repercussão, até o momento, não houve manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU) ou de órgãos de fiscalização sobre o caso. A ausência de explicações formais alimenta críticas quanto à disparidade de tratamento entre diferentes gestões, especialmente no que diz respeito à transparência e ao rigor no uso dos recursos públicos.

O episódio reacende o debate sobre o uso de bens públicos para fins privados e a necessidade de regras mais rígidas e fiscalizações mais efetivas no acompanhamento das viagens internacionais promovidas pelo governo federal.

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