BRASIL: IDOSOS ESPERAM ATÉ 4 HORAS EM FILA PARA PEDIR REEMBOLSO DO INSS


Na última quarta-feira (14), agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em São Paulo foram palco de longas filas formadas por idosos preocupados com descontos indevidos em seus benefícios. Muitos deles saíram dos locais sem uma resposta clara sobre como resolver o problema, gerando frustração e insegurança entre os segurados.

Confira detalhes no vídeo:

O primeiro dia em que os beneficiários puderam solicitar a restituição dos valores supostamente cobrados de forma irregular foi marcado por desorganização e falta de estrutura nas agências. Apesar da presença de alguns servidores dispostos a auxiliar na consulta de extratos, não havia nos postos um sistema efetivo para o registro formal dos pedidos de devolução.

Em diversas unidades, o cenário foi o mesmo: idosos chegaram ainda nas primeiras horas da manhã, em alguns casos por volta das 7h, e aguardaram por até quatro horas para serem atendidos. Muitos deles enfrentaram dificuldades para compreender o funcionamento do processo, que, conforme apontado por funcionários, deve ser realizado exclusivamente pelos canais digitais do INSS.

A limitação ao atendimento virtual representa um obstáculo significativo para parte desse público, que nem sempre possui familiaridade com ferramentas online ou acesso fácil à internet. A expectativa de obter assistência presencial não foi atendida, gerando confusão e, em alguns casos, revolta entre os que procuraram atendimento direto.

As filas formadas em frente às agências chamaram atenção pela quantidade de pessoas e pela presença, em sua maioria, de aposentados e pensionistas preocupados com valores descontados em seus pagamentos mensais. A suspeita é de que parte desses descontos tenha origem em serviços não solicitados, como associações ou seguros adicionados automaticamente sem o consentimento do beneficiário.

Diante da falta de informações claras e da ausência de uma estrutura específica para lidar com os pedidos de restituição, muitos idosos retornaram para casa sem saber se serão reembolsados ou como proceder para reaver os valores. A falta de orientação adequada no atendimento presencial evidencia uma falha de comunicação entre o INSS e os beneficiários, justamente em um momento delicado, que envolve a confiança da população no sistema previdenciário.

O caso expõe a necessidade urgente de uma resposta mais eficiente por parte do órgão responsável, que precisa equilibrar a digitalização dos serviços com a realidade dos usuários que ainda dependem do atendimento físico. Sem uma alternativa presencial clara, muitos segurados se veem desamparados, o que pode ampliar ainda mais a insatisfação com os serviços previdenciários.

Enquanto isso, cresce a expectativa por medidas que garantam tanto a devolução de valores cobrados de forma indevida quanto um atendimento digno e acessível a quem depende do INSS para sobreviver. Para esses idosos, o que deveria ser um momento de solução se transformou em mais um episódio de desgaste, incerteza e espera.

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