O senador Magno Malta usou as redes sociais neste final de semana para criticar duramente a decisão do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, de utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar a esposa do ex-presidente do Peru, condenada por corrupção, e conceder-lhe asilo no Brasil. Para Malta, a justificativa apresentada por Lewandowski — a de “questões humanitárias” — revela uma contradição inaceitável diante do tratamento dado a milhares de brasileiros presos por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Confira detalhes no vídeo:
Durante sua fala, o senador afirmou que o governo tem ignorado casos graves de saúde entre os detidos pelos eventos do dia 8. Segundo ele, presos com doenças crônicas, como câncer, ou comorbidades não receberam qualquer tipo de benefício ou flexibilização por parte das autoridades. O caso do detento conhecido como "Clezão", que faleceu na prisão, foi citado como exemplo de negligência. Para Malta, enquanto estrangeiros condenados por corrupção são tratados com benevolência, cidadãos brasileiros são privados de direitos básicos e expostos a situações desumanas.
Além de criticar a conduta do governo federal, o senador destacou um cenário mais amplo, no qual diversos brasileiros vêm sendo tratados como “sub-cidadãos”. Segundo ele, há uma perseguição crescente contra pessoas que expressam apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa perseguição, afirmou, acontece por meio de medidas judiciais arbitrárias, inquéritos sem transparência e decisões que violam garantias constitucionais, como o direito à ampla defesa e ao contraditório.
A crítica se estende ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes. De acordo com Malta, os inquéritos conduzidos por Moraes seguem um padrão em que pessoas são investigadas não por um fato determinado, mas pela simples adesão a uma visão política ou ideológica. O senador denunciou o uso da chamada “fishing expedition”, uma prática em que o investigador vasculha a vida de um alvo em busca de qualquer elemento que possa servir como pretexto para uma acusação, contrariando os princípios tradicionais do processo penal.
O senador também apontou para o que considera uma parceria entre a “velha imprensa” e os setores do Judiciário. Segundo ele, reportagens baseadas em suposições ou depoimentos de pessoas suspeitas são usadas como justificativa para ações como quebras de sigilo, buscas, prisões e até bloqueio de rendimentos. Essas ações, na sua visão, têm como objetivo desestabilizar financeiramente veículos independentes e influenciadores de perfil conservador, limitando sua atuação e impondo censura indireta.
Malta mencionou ainda um caso específico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que o então ministro Luís Felipe Salomão determinou o confisco da renda de sites e canais conservadores. A medida, embora questionada por setores jurídicos, recebeu apoio de outros ministros e continua em vigor sob diferentes relatorias, mantendo as fontes de sustento de diversas famílias bloqueadas sem conclusão dos processos.
A manifestação do senador evidencia a crescente tensão entre parte do Legislativo, o Judiciário e o Executivo, revelando um ambiente de forte polarização que se intensifica com a proximidade do processo eleitoral de 2026.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.