Com o avanço das articulações para as eleições presidenciais de 2026, um dos setores mais influentes da economia brasileira, o agronegócio, começa a se mover com mais intensidade. Parte expressiva desse segmento, que esteve ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) durante os quatro anos de seu governo, agora pressiona o ex-mandatário a definir quem será o candidato que representará sua linha política no próximo pleito.
Confira detalhes no vídeo:
A demanda não é apenas por um nome de confiança, mas por uma liderança com capacidade real de enfrentar e derrotar o atual governo, visto por muitos representantes do setor como contrário a diversos interesses do campo. A expectativa é que Bolsonaro, atualmente inelegível, atue como fiador político do projeto de sucessão, colocando seu prestígio e influência a serviço de um nome que mantenha as pautas conservadoras e as diretrizes econômicas que beneficiaram o setor durante sua gestão.
Nos bastidores, essa ala do agronegócio argumenta que o tempo de articulação é curto. Para garantir a construção de uma candidatura competitiva, é necessário que o nome escolhido comece a ganhar visibilidade desde já, seja por meio de agendas públicas, presença constante na mídia ou participação em eventos ligados ao setor rural. A ausência de um candidato claro, na visão de empresários e produtores, enfraquece o campo conservador e abre espaço para que outras forças políticas avancem sobre o eleitorado do interior do país.
Jair Bolsonaro, por sua vez, tem evitado cravar publicamente quem poderá ser seu sucessor. Enquanto isso, nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e da ex-ministra Tereza Cristina continuam sendo cogitados por aliados e analistas. Ambos são bem vistos pelo setor rural e mantêm uma imagem técnica e alinhada ao perfil de governo defendido pelo bolsonarismo.
Além da escolha do nome, o agronegócio também espera uma postura mais ativa de Bolsonaro na definição das estratégias para 2026. A pressão envolve desde a montagem de palanques estaduais até a reorganização da base conservadora, que sofreu com o enfraquecimento de algumas lideranças e com disputas internas após a derrota eleitoral de 2022.
A definição de um sucessor é vista como crucial não apenas para o futuro do bolsonarismo, mas também para a proteção de políticas públicas e marcos regulatórios que, segundo o setor, foram fundamentais para o crescimento da produção e das exportações nos últimos anos. O temor é que o atual governo promova mudanças que impactem diretamente os ganhos do campo, especialmente em temas como demarcação de terras, crédito agrícola e abertura de mercados internacionais.
À medida que o calendário eleitoral avança, a pressão tende a crescer. O agronegócio, ciente de seu peso político e econômico, deseja ter voz ativa na escolha do nome que representará seus interesses em 2026. Agora, a bola está nas mãos de Bolsonaro, que precisa equilibrar lealdades, estratégias e expectativas para manter sua influência e garantir a sobrevivência de seu projeto político.
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