BRASIL: EX-DIRETOR DA ABIN REBATE MORAES FRENTE A FRENTE DURANTE DEPOIMENTO NO STF


O deputado Delegado Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), prestou depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na condição de réu em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O parlamentar responde ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras pessoas ligadas ao seu entorno político.

Confira detalhes no vídeo:

Durante o interrogatório, Ramagem mostrou firmeza ao contestar as acusações e questionamentos feitos pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz os trabalhos no processo. O deputado não aceitou a imposição de uma narrativa pré-estabelecida e rebateu, ponto a ponto, os argumentos do magistrado. Ele chegou a alertar o ministro sobre o procedimento correto, afirmando que não seria permitido introduzir novos fatos no decorrer do interrogatório.

Ramagem destacou que aquele foi o primeiro momento em que teve a oportunidade formal de se manifestar nos autos do processo, ressaltando o caráter absurdo das acusações feitas contra ele, baseadas principalmente em uma delação premiada que, segundo ele, tem sido modificada constantemente, além de documentos pessoais encontrados em seu computador. O deputado ainda ironizou a situação ao comentar que a acusação buscava manter um deputado com foro privilegiado entre os réus, sugerindo uma motivação política por trás do processo.

Um dos pontos centrais da defesa de Ramagem foi a contestação da interpretação feita pela Polícia Federal em relação aos documentos e informações apreendidos. Ele afirmou que a PF estaria induzindo o tribunal a um erro ao sugerir que arquivos pessoais em seus dispositivos eletrônicos teriam sido encaminhados ao então presidente Bolsonaro ou divulgados publicamente nas redes sociais. Para o deputado, os arquivos continham apenas reflexões e pensamentos privados, organizados para seu próprio uso, sem qualquer destinatário específico.

Ramagem explicou que tais documentos consistiam em arquivos simples, sem formatação ou identificação, que permaneciam exclusivamente em seu computador, sem terem sido enviados a terceiros. Ele enfatizou que a mera redação de anotações pessoais não configura crime, e que não há prova de que ele tenha repassado qualquer conteúdo ao presidente ou a outras pessoas. Segundo o parlamentar, as informações apresentadas foram interpretadas de forma equivocada e distorcida pela investigação.

O depoimento do deputado Ramagem reforça um clima de tensão e conflito dentro do processo, evidenciando a disputa política que envolve o caso. Ao rejeitar as acusações e questionar a condução do inquérito, ele demonstra uma postura firme contra a narrativa que vem sendo construída pelas autoridades responsáveis pela investigação.

O caso em questão é parte de um amplo conjunto de investigações sobre supostos atos contra a ordem democrática e instituições brasileiras. O episódio reforça o debate acerca do uso político de instrumentos jurídicos e o papel das instituições no enfrentamento de denúncias envolvendo figuras públicas de alto escalão.

A defesa de Ramagem segue enfatizando a necessidade de que o processo observe rigorosamente os direitos individuais e o devido processo legal, criticando eventuais tentativas de manipulação de provas e interpretações enviesadas dos fatos.

Com isso, o processo continua a se desenrolar no Supremo Tribunal Federal, que deverá analisar os depoimentos e as provas para decidir os desdobramentos do caso, que tem grande repercussão política e jurídica no país.

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