BRASIL: PESQUISA REVELA DE QUEM A MAIORIA DOS BRASILEIROS ACHA QUE É A CULPA PELO ROUBO DO INSS


Uma pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada neste sábado (28), revelou que uma parcela significativa da população responsabiliza diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o levantamento, 30,6% dos entrevistados apontam o chefe do Executivo como o principal responsável pelo escândalo envolvendo irregularidades em benefícios e filiações de aposentados.

Confira detalhes no vídeo:

Os dados mostram que Lula lidera o índice de responsabilização em todos os recortes analisados, embora com variações por gênero e faixa etária. Entre os homens, 35,1% culpam o presidente, enquanto entre as mulheres, o índice cai para 26,5%. A faixa etária que mais atribui a ele a responsabilidade é a dos 25 aos 34 anos, com 33,4%. Já entre os entrevistados com 60 anos ou mais, a taxa é a menor: 27,9%.

Em segundo lugar no ranking aparecem os próprios funcionários do INSS, com 25% das menções. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) surge em terceiro, com 12%. Outros grupos citados incluem sindicatos e associações, com 7,1%, e o Congresso Nacional, com 0,9%. Além disso, 3,3% dos entrevistados acreditam que todos os envolvidos compartilham a culpa, enquanto 1,2% deram respostas diversas. Já 19,9% disseram não saber ou preferiram não opinar.

O escândalo ganhou repercussão nacional a partir de uma série de reportagens publicadas pelo portal Metrópoles, a partir de dezembro de 2023. As matérias revelaram o crescimento explosivo na arrecadação de sindicatos e associações por meio de descontos em benefícios de aposentados — um salto que chegou a R$ 2 bilhões em um único ano. As reportagens indicaram ainda que essas entidades acumulavam milhares de processos por fraude na filiação de segurados, muitas vezes sem consentimento.

As denúncias motivaram a abertura de investigações formais. A Polícia Federal deu início à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano. A Controladoria-Geral da União (CGU) também passou a apurar o caso, utilizando como base ao menos 38 reportagens da imprensa. Como consequência direta, tanto o então presidente do INSS quanto o ministro da Previdência, Carlos Lupi, foram afastados dos cargos.

A repercussão do escândalo e os números da pesquisa indicam um forte impacto político para o governo federal. Mesmo com medidas corretivas adotadas posteriormente, como a troca de comando nos órgãos envolvidos, o dano à imagem institucional permanece elevado. A associação direta de Lula ao caso, segundo a percepção popular revelada pela pesquisa, pode representar um desafio adicional para o Planalto, que já enfrenta críticas em outras áreas da administração.

O levantamento reforça a complexidade da crise no INSS, cujas ramificações envolvem desde servidores públicos até entidades sindicais e figuras políticas de alto escalão. Para muitos brasileiros, a responsabilização não se limita a um único agente, mas a figura de Lula aparece como símbolo máximo da autoridade e, por isso, é o principal alvo da desconfiança pública.

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