Durante a edição do programa "Alô Você", exibido no SBT na última terça-feira (17), um atrito entre a delegada Raquel Gallinati e a promotora Eliana Passarelli chamou atenção. As duas participaram do programa para comentar o caso da menina Larissa Manuela, de 9 anos, encontrada morta em sua casa, em Barueri, região metropolitana de São Paulo. A conversa, que começou com análises sobre o andamento da investigação, logo evoluiu para um acalorado debate ao vivo.
Enquanto Raquel Gallinati falava sobre a investigação, especialmente após o padrasto da criança ter sido apontado como suspeito, a promotora Eliana Passarelli contestou algumas colocações feitas pela delegada. A discussão teve como foco principal a divisão de responsabilidades entre a polícia e o Ministério Público na condução e encaminhamento das investigações criminais.
A delegada destacou que a condução da investigação é tarefa do delegado responsável pelo caso, enquanto a promotora questionou quem realmente faz a denúncia formal contra suspeitos. Em resposta, Raquel afirmou que o promotor detém a prerrogativa de apresentar a denúncia, mas reforçou que o delegado tem a função de concluir se há provas suficientes para isso.
Por sua vez, Eliana ressaltou que o Ministério Público não é “proprietário” do processo, mas atua em defesa da sociedade, podendo inclusive pedir o arquivamento caso entenda que não há elementos para seguir com a acusação. A divergência entre as duas profissionais revelou as diferenças na atuação e autonomia dos órgãos envolvidos no sistema de justiça criminal.
A conversa seguiu em tom acirrado, com Raquel defendendo a independência da Polícia Judiciária em relação ao Ministério Público, enquanto Eliana negava qualquer subordinação e enfatizava o respeito mútuo entre as instituições. O debate ganhou repercussão nas redes sociais, surpreendendo pelo confronto direto entre duas autoridades reconhecidas.
O caso de Larissa Manuela, que envolve uma investigação sensível e de grande repercussão, serve como pano de fundo para a discussão sobre os desafios enfrentados na coordenação das ações entre a polícia e o Ministério Público. O episódio evidencia que, apesar da colaboração necessária, divergências e conflitos institucionais ainda acontecem no sistema judicial brasileiro.
Especialistas apontam que o diálogo entre esses órgãos é essencial para garantir a eficiência das investigações e a aplicação da justiça. O desentendimento ao vivo trouxe à tona essas questões, mostrando a complexidade da atuação conjunta em casos delicados e de alta visibilidade pública.
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