Na tarde desta segunda-feira, 21 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) causou aglomeração e tumulto ao deixar a Câmara dos Deputados, onde participou de uma reunião do Partido Liberal (PL). O episódio resultou em danos ao patrimônio público, com uma mesa destruída e o púlpito do plenário completamente bagunçado. A situação exigiu a intervenção do Departamento de Polícia Legislativa para controlar o conflito.
Confira detalhes no vídeo:
A confusão ocorreu na saída de Bolsonaro, quando apoiadores e opositores se aglomeraram no local, gerando um ambiente tenso e desordenado. Durante o tumulto, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acabou se machucando ao ser atingido no rosto por um celular. Apesar do ferimento, o parlamentar tratou a situação com bom humor e afirmou que não precisou de atendimento médico, apenas aplicou gelo para aliviar o incômodo.
Bolsonaro esteve na Câmara para participar de uma reunião convocada pelo PL, que contou com a presença de mais de 50 deputados, dois senadores e representantes de outras legendas como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo. O encontro, organizado pelo líder da sigla na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), teve como pauta principal a reação às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e à operação da Polícia Federal (PF) realizada na última sexta-feira (18/7), que teve Bolsonaro como alvo.
Durante a saída da sessão, Bolsonaro exibiu pela primeira vez a tornozeleira eletrônica que foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para monitorar seus movimentos. O equipamento foi colocado em sua perna esquerda na sexta-feira passada. O ex-presidente ressaltou que a tornozeleira é um símbolo de humilhação, reforçando seu discurso de inocência diante das investigações e das medidas judiciais que enfrenta.
Na reunião do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante anunciou a formação de três comissões internas para articular a resposta da oposição às ações do Judiciário e da Polícia Federal contra Bolsonaro. Uma das comissões terá a função de coordenar a comunicação dos parlamentares, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO), para alinhar estratégias e mensagens políticas.
O clima de tensão e polarização ficou evidente tanto durante a reunião quanto na saída do ex-presidente, refletindo o momento delicado da política brasileira, marcado por investigações judiciais e confrontos entre diferentes forças políticas. A presença de Bolsonaro na Câmara e a reação dos parlamentares reforçam a força do ex-presidente dentro do PL e sua influência sobre a base aliada.
Apesar do tumulto, a reunião teve um caráter estratégico para o partido, que busca consolidar ações coordenadas contra as decisões judiciais recentes, consideradas por seus membros como excessivas e arbitrárias. A iniciativa das comissões demonstra a tentativa do PL de organizar sua bancada e responder coletivamente às medidas que atingem o ex-presidente.
O episódio com a tornozeleira eletrônica marca um momento simbólico na trajetória política de Bolsonaro, que até então havia evitado mostrar publicamente o dispositivo imposto pela Justiça. A manifestação do ex-presidente, ao exibir o equipamento, reforça seu discurso de resistência e confronto diante das investigações que enfrenta.
A agitação na saída da Câmara também evidencia o ambiente polarizado e tenso que permeia os espaços políticos no país, onde episódios de conflito e tumulto têm se tornado cada vez mais frequentes. A presença da polícia legislativa foi fundamental para conter a confusão e evitar maiores danos ou ferimentos entre os presentes.
O desdobramento dos acontecimentos e as decisões das comissões formadas pelo PL devem influenciar as próximas estratégias políticas do partido e a atuação da oposição no Congresso diante das medidas judiciais contra Bolsonaro.
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