BRASIL: DEPUTADO MARCEL VAN HATTEM COBRA HUGO MOTTA E DENUNCIA ATOS DO COLEGA


A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, de suspender reuniões nas comissões permanentes durante o recesso parlamentar colocou seu nome na mira da ala conservadora do Congresso. Apesar de justificar a paralisação com reformas estruturais no prédio, como pinturas e manutenção em corredores, o argumento não convenceu deputados da oposição, que consideram a medida uma manobra para conter mobilizações.

Confira detalhes no vídeo:

Desde o anúncio da suspensão, parlamentares contrários à decisão têm articulado novas estratégias para driblar o que classificam como tentativa de silenciamento político. Sem o espaço oficial para se reunir dentro das comissões, a base conservadora se reorganizou em três frentes: uma dedicada a manter vivas as pautas legislativas prioritárias, outra voltada à comunicação em redes sociais e uma terceira voltada à mobilização popular em diversas regiões do país.

A movimentação já começou a sair do papel. Em várias cidades, aliados têm promovido caminhadas, buzinaços e pequenos atos de rua para demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e protestar contra medidas que consideram restritivas da liberdade de debate no Legislativo. A expectativa é ampliar a pressão de forma gradual até uma grande manifestação marcada para 3 de agosto, um dia antes da retomada oficial dos trabalhos do Congresso.

Entre os pontos centrais da pauta está o chamado “PL da anistia”, que pretende conceder perdão a pessoas presas por participação nos atos de 8 de janeiro. Deputados ligados ao ex-presidente Bolsonaro defendem que apenas uma mobilização expressiva pode forçar a Câmara a apreciar o projeto, que enfrenta resistência dentro da própria Mesa Diretora. A oposição pressiona Hugo Mota a cumprir uma promessa feita durante a disputa pela presidência da Casa: pautar o projeto diretamente no plenário assim que houvesse apoio suficiente.

Nos bastidores, parlamentares como Marcel Van Hattem, do Novo, vocalizam o descontentamento. Para ele, Hugo Mota se comporta como um presidente de Câmara que deveria representar todos os deputados, mas estaria, na prática, fechando portas para parte do Parlamento exercer suas funções. Van Hattem classificou a suspensão das comissões como uma medida grave e lamentou o que chamou de chantagem política contra a oposição.

Enquanto isso, senadores de diferentes legendas organizam uma viagem oficial aos Estados Unidos para tentar costurar, junto ao governo Trump, uma saída diplomática para a crise envolvendo tarifas recentemente impostas pelo governo norte-americano. Mesmo assim, lideranças conservadoras não escondem o ceticismo. Muitos avaliam que a comitiva dificilmente conseguirá reverter decisões externas e que a única via viável seria mesmo a votação do PL da anistia dentro do Congresso.

Outro ponto de tensão é o clima de insatisfação que cresce entre deputados que acusam o presidente da Câmara de ter assumido compromissos que agora estariam sendo descumpridos. De acordo com parlamentares do PL e de siglas como Novo e MDB, o requerimento de urgência para votar o projeto de anistia já teria assinaturas suficientes, mas Hugo Mota ainda não levou a proposta para apreciação.

Nas ruas, os atos de apoio devem ganhar força nas próximas semanas. Parlamentares ligados à oposição prometem intensificar o discurso para que a sociedade pressione diretamente os representantes em Brasília. Para esses grupos, o foco é mostrar que, mesmo sem as comissões, a base conservadora não pretende abrir mão de suas pautas — e muito menos ficar em silêncio.

Com as reformas no prédio avançando, mas sem consenso político, Hugo Mota segue no centro de uma disputa que promete esquentar ainda mais quando o Congresso voltar do recesso. Enquanto isso, os corredores da Câmara misturam cheiro de tinta fresca com rumores de que o embate entre governo, Judiciário e oposição está longe de esfriar.


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