Um episódio de grande repercussão marcou o plenário da Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 9 de julho, quando o deputado federal André Janones, do Avante de Minas Gerais, formalizou uma denúncia na polícia contra dois parlamentares da oposição. No boletim de ocorrência, Janones afirma ter sido vítima de lesão corporal, injúria e importunação sexual dentro do Congresso.
Tudo começou enquanto Janones gravava um vídeo para suas redes sociais durante um discurso do deputado Nikolas Ferreira, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nikolas comentava a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o que gerou reações imediatas no plenário. Contrário ao posicionamento do colega, Janones passou a filmar o pronunciamento enquanto criticava o apoio dos parlamentares bolsonaristas à medida de Trump, que, segundo ele, prejudica diretamente o Brasil.
Em meio à gravação, Janones chamou atenção ao afirmar que Nikolas estaria defendendo um governante estrangeiro que penaliza o trabalhador brasileiro. O clima esquentou quando apoiadores de Nikolas, também deputados, cercaram Janones aos gritos. Entre as provocações, o grupo passou a entoar “Não à rachadinha”, lembrando acusações feitas contra o deputado mineiro sobre supostos desvios de salários de assessores, assunto que Janones sempre negou.
A confusão saiu do campo verbal quando Sargento Gonçalves, um dos parlamentares próximos a Nikolas, se aproximou de Janones, deu a volta por trás dele e o atingiu com um chute na parte de trás do joelho. O ato foi registrado tanto pelo celular de Janones quanto por gravações feitas por outros deputados que acompanhavam o bate-boca. Nas imagens, é possível ouvir Janones reagindo, questionando Gonçalves sobre o que havia acabado de acontecer.
Para reforçar suas acusações, Janones anexou o material gravado à queixa feita na delegacia da Câmara. Segundo ele, além do chute, sofreu xingamentos que caracterizam injúria e foi alvo de gestos ofensivos, que ele classificou como importunação sexual. Apesar de ainda não ter revelado todos os detalhes sobre esse ponto, o deputado garante que o episódio ultrapassa os limites do debate político e exige responsabilização dos envolvidos.
A denúncia deve avançar para o Conselho de Ética da Câmara, já que envolve comportamento que pode ser interpretado como quebra de decoro. Apoiadores de Janones afirmam que a agressão demonstra a escalada da tensão política dentro do Congresso, principalmente quando temas sensíveis ganham espaço em plenário, como o impacto de tarifas internacionais na economia brasileira.
Deputados aliados de Nikolas, por outro lado, rebatem as acusações, argumentando que Janones teria provocado o tumulto ao interromper o pronunciamento do colega e se posicionar de forma confrontadora diante do grupo. Ainda assim, o caso promete gerar discussões acaloradas dentro da Casa nos próximos dias, com expectativa de debates não só na esfera criminal, mas também na política, caso o Conselho de Ética decida analisar o episódio.
Para Janones, a situação evidencia que agressões físicas e ofensas não podem se normalizar no ambiente legislativo. O parlamentar já afirmou publicamente que vai até o fim para que os responsáveis sejam punidos, destacando que a liberdade de expressão não pode ser calada por intimidação ou violência.
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